Na semana em que a Primeira Ministra britânica, Theresa May, anuncia a estratégia e o plano de saída do Reino Unido da União Europeia, o cenário ainda é muito obscuro.
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Em seu discurso, May reforçou que a livre circulação entre a Irlanda e o Reino Unido será mantida, o que é um alívio, uma vez que essa era uma das maiores preocupações do governo irlandês. Porém, se para os irlandeses e os residentes de ambas as ilhas isso pode soar positivo, May também deixou claro que as medidas para assegurar a proteção do Reino Unido contra o fluxo imigratório será levado até às últimas consequências.
Mesmo mantendo a livre circulação entre Irlanda e Reino Unido, a segurança e fiscalização será acirrada, já que esse será o único link direto entre o Reino Unido e os demais países da União Europeia.
Outro ponto importante que estremeceu o mercado financeiro, só que dessa vez negativamente, foi o plano de se implementar mais taxas para movimentação comercial de importação e exportação. Atualmente, pelo menos 14% das importações de bens de consumo provém do Reino Unido. Quando o tema é prestação de serviços, essa percentagem sobe para 18%. Na lista, entram serviços como transporte, comunicação, seguros e finanças, ou seja, as empresas irlandesas que possuem negócios diretos com o Reino Unido precisarão rebolar com as menções que estão por vir durante esses dois anos de processo de saída do bloco.
A Enterprise Ireland, por exemplo, já começou uma campanha para que as empresas irlandesas comecem a prospectar parceiros comerciais em outras bandas. O mesmo será o objetivo de setores como construção, engenharia e agricultura, sobretudo no que tange as ofertas de empregabilidade, já que atualmente os profissionais irlandeses desses setores apostam suas cartas nos países vizinhos.
De fato, a palavra que circunda em torno do assunto Brexit vs Irlanda é Hope. Esperança para que, no final, essa transição, que tem sido chamada de Hard Brexit, não provoque tantas rasuras na economia irlandesa. Segundo a primeira ministra britânica, daqui para frente as relações entre o Reino Unido e os países membros da União Europeia terá que ser na base do “dar e receber“.
1. Promover uma maior unidade entre os países integrantes do Reino Unido;
2. Controlar o número de imigrantes no país;
3. Garantir o direito dos britânicos que atualmente vivem na UE e vice versa;
4. Proteger e aumentar os direitos dos trabalhadores na UE;
5. Possuir liberdade de negociação entre países membros da UE;
6. Continuar a contribuir com a UE em temas como ciências, pesquisas, e tecnologia;
7. Manter a livre circulação na fronteira com a Irlanda.
Revisado por Tarcísio Junior
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