Clima

Centenas de edifícios poderão alagar em Dublin até 2100

A crise de acomodação está afetando irlandeses e estrangeiros que vivem em Dublin agora, em 2023, mas engana-se quem acha que o problema pode melhorar. Isso porque a capital da Irlanda poderá sofrer ainda mais com a crise de acomodação em até 78 anos.

De acordo com o instituto Cervest, que estuda a crise climática, centenas de prédios, casas e edifícios serão alagados em Dublin até esta data devido às mudanças no clima e ao aumento do nível dos oceanos.

O CEO da organização, Iggy Bassi, participou do Dublin Climate Summit e falou sobre a situação.

Áreas próximas ao rio Liffey estão em risco

Prédios e casas próximos ao rio Liffey podem sofrer com alagamentos por conta da crise climátira. Foto:  Henrique S. Ruzzon on Unsplash

Segundo o estudo, utilizando recursos avançados de visualização de dados, a equipe criou uma imagem 3D para destacar o risco de inundação na área central de Dublin até o ano 2100.

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A imagem mostra que, em um cenário climático normal, mais de 8.500 edifícios serão afetados por inundações costeiras na Área Central de Dublin, com profundidade média de 1,7 metros.

As áreas danificadas incluem empresas (hotéis, museus, distrito financeiro), propriedades privadas (casas residenciais) e fornecedores de energia (centrais elétricas).

Segundo o mapa divulgado pelo Cevest (veja abaixo), uma escala contínua mostra áreas onde amarelo claro representa o menor risco e vermelho escuro o maior risco. Outros riscos associados às mudanças climáticas, como aumento da temperatura e ventos não estão presentes neste estudo.

Mapa do Cervest mostra áreas que podem ser alagadas até 2100 por causa das mudanças climáticas. Fonte: Cervest

“A imagem permanece como um poderoso lembrete visual e emocional de que as mudanças climáticas, se não esmorecerem, terão um efeito devastador nas paisagens urbanas e nas infraestruturas, criando consequências econômicas e sociais negativas – dentro e fora das cidades”, diz o texto publicado pelo Cevest.

“Imagens como essas não deixam dúvidas – devemos agir agora para mitigar os danos aos ativos físicos que as mudanças climáticas trarão se não forem controladas.”

Leia também: Irlanda espera ter emissão de carbono nula até 2050

Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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