O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, confirmou nesta segunda-feira, 21 de julho, que os funcionários da companhia aérea recebem comissão por cada passageiro multado por excesso de bagagem de mão.
A prática, segundo ele, visa combater o que chamou de “praga dos passageiros com bagagem fora do padrão”.
Durante entrevista ao programa Morning Ireland, da RTÉ, O’Leary explicou que a equipe da companhia recebe atualmente €1,50 por cada bagagem de mão irregular identificada, e revelou que a Ryanair estuda aumentar esse valor.
“Um dos maiores motivos de irritação dos nossos passageiros é quando uma ou duas pessoas aparecem com mochilas dizendo que cabem no medidor de bagagem, mas na prática não cabem. Se não cabe no medidor, não embarca”, afirmou o executivo.
Embarcar com bagagem fora dos padrões da Ryanair pode gerar multa. Foto: Envato
Atualmente, a Ryanair cobra entre €70 e €75 de taxa por bagagem de mão fora das dimensões permitidas. Para bagagens despachadas com excesso de peso, o valor é de €13 por quilo extra.
Segundo o Sunday Times, o limite mensal de comissões pagas aos funcionários gira em torno de €80 por colaborador, mas O’Leary não descartou aumentar esse teto como forma de desincentivar passageiros a driblar as regras de bagagem.
O CEO também disse que a capacidade de bagagem nos voos da Ryanair está no limite, já que “cerca da metade dos passageiros pode levar duas malas e a outra metade só uma, porque o espaço do avião não comporta mais do que isso”.
O’Leary foi questionado sobre as propostas em discussão na União Europeia para permitir que passageiros levem gratuitamente um item pessoal e uma bagagem de até 7kg em qualquer voo dentro do bloco. Ele demonstrou ceticismo quanto à aprovação da medida.
A polêmica sobre as taxas de bagagem ocorre no mesmo dia em que a Ryanair anunciou um lucro líquido recorde no primeiro trimestre do ano fiscal, impulsionado por tarifas mais altas.
Apesar dos números positivos, O’Leary alertou que o crescimento do número de passageiros será limitado devido a atrasos na entrega de aeronaves da Boeing.
A Ryanair também permanece atenta a riscos externos, incluindo possíveis guerras tarifárias, choques macroeconômicos e os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, que podem impactar os resultados futuros.
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