Como é comemorar um mês de Irlanda?

Por Mayara Freitas

As descobertas do primeiro mês na Ilha Esmeralda: One month! ☘ . Foto: Mayara Freitas

Hoje faz exatamente um mês que deixei minha casa aconchegante e a comida quentinha pra conhecer o mundo. Deixei amigos, família, (MÃE, QUERO UM ABRAÇO!) e um guarda roupa, mas vim atrás dos meus sonhos. E lá se foi um mês – um mês que tive que me virar, que me tornei uma ótima cozinheira e que descobri que as roupas não se lavam sozinhas.

Um mês que assisto a programação brasileira da madrugada quando aqui já é o meio da manhã, sem contar os bebês que vi nascer por fotos e vídeos (OBRIGADO, TECNOLOGIA!), os aniversários e festa que tenho que participar de coração, já que não posso comer o bolo. Mas hoje também faz um mês que descobri que nada é o fim do mundo, que ninguém pode e nem vai te desvalorizar. Um mês que minha mãe continua sendo mãe e me mimando/alertando à longa distância.

Curtindo a paisagem do Cliffs of Moher. Arquivo Pessoal

Um mês que descobri que preciso de muito menos pra viver – menos roupa nova é sinal de mais comida haha – e que simplicidade é uma das melhores paradas da vida. Também não preciso de carro – um bom par de tênis passou a ser meu melhor amigo agora que preciso percorrer a cidade à pé.

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Não tem luxo nenhum essa vida de intercambista. Engana-se quem acha que estou ‘montada na grana’ só por estar aqui. É cada perrengue… Cada um deles me deixou mais forte e tenho a certeza de que não trocaria essa experiência por nada. Em um mês fiz novos amigos e também descobri que boas amizades não se perdem nem com quilômetros de distância.

Um mês que, além da cultura Irish, eu aprendi a ser um pouco mineira, carioca e curitibana, e que conviver é realmente uma arte. Também descobri que tenho um amigo, um médico, um professor e um namorado na mesma pessoa. Aprendi, também, que não é de fast food e miojo que se vive a vida e que não importa quantos diplomas eu tenha no Brasil, aqui vai ter privada alheia pra lavar sim – e isso não é nenhuma vergonha. Vai ter vento, vai ter sol e vai chover. Vai ter frio e saudade. Mas vai ser lindo. Já está sendo!

Obrigada, Ilha Esmeralda, por essa experiência incrível!

Sobre a autora:
Publicitária, aquariana e desencanada, Mayara Freitas é mas uma sonhadora que desembarcou na Ilha em busca do ‘pote de ouro’ que os leprechauns  prometeram. E encontrou no final do arco íris muito amor e realizações. Se descobriu uma nova pessoa em poucos meses e viu na simplicidade da vida uma oportunidade de ser alguém  melhor.

Colaborador edublin

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