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Irlanda aprova esquema de acesso seguro à interrupção da gravidez

O governo irlandês aprovou o General Scheme of the Health, regime geral da saúde, sobre zonas de acesso seguras para serviços de interrupção de gravidez.

A redação formal foi aprovada e publicada no site do Ministério da Saúde da Irlanda. Com a publicação, o governo se compromete a “garantir que qualquer pessoa que necessite de interrupção da gravidez possa aceder aos serviços em segurança”, estabelecendo “zonas de exclusão em torno das instalações médicas”.

O objetivo, segundo o governo, além de garantir o acesso seguro a mulheres que optam por interromper a gravidez, é também assegurar o trabalho de prestadores de serviços e seus funcionários em todo o país, respeitando a privacidade e a dignidade de todos.

Protestos e manifestações estão proibidos a menos de 100 metros dos serviços de saúde

Manifestações contra o aborto estão proibidas a menos de 100 metros das clínicas de saúde. Foto: Maria Oswalt on Unsplash

Outro ponto do documento fala sobre a manifestação e o protesto de grupos contra o aborto. Segundo o texto, o objetivo é “proteger a liberdade de acesso aos serviços de interrupção da gravidez sem impedimento, julgamento ou tentativas não solicitadas de influenciar decisões de saúde ou decisões de oferecer serviços de interrupção da gravidez”.

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De acordo com a regra, protestos e manifestações são proibidos a menos de 100 metros dos estabelecimentos de saúde que possam legalmente fornecer serviços de interrupção da gravidez de acordo com a Lei de Saúde (Regulamento de Interrupção da Gravidez) de 2018.

Quem incorrer contra as regras podem pagar multa e/ou prisão.

Referendo aprovou aborto na Irlanda em 2018

Irlandesa celebrou resultado do referendo sobre o aborto na Irlanda em 2018. Foto: The Irish Times

A Irlanda legalizou o aborto em seu território em 25 de maio de 2018, após um referendo realizado no país. A votação histórica teve mais de 1,4 milhão de votos com 66,4% dos irlandeses votando a favor de repelir a Oitava Emenda da constituição, que, em vigor desde 1983, garantia a igualdade de direito à vida entre o feto e a gestante, sendo uma das leis antiaborto mais rigorosas do mundo.

Nova legislação entrou em vigor, permitindo o aborto durante as primeiras 12 semanas de gravidez e, em casos excepcionais, comprovados por dois médicos, até 24 semanas.

Foto de capa: Pixabay

Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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