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Janeiro de 2021 já é o segundo mês mais mortal da Covid-19 na Irlanda

Mesmo antes do fim, a seis dias de terminar, o mês de janeiro já é o segundo mês mais mortal da Covid-19 desde o início da pandemia na Irlanda.

Com 749 óbitos até o dia 25, ele só perde para abril de 2020, quando 995 morreram devido à doença. Maio foi o terceiro mês com mais mortes, totalizando 387 vítimas fatais.

Para se ter uma ideia, o número de mortes em janeiro chega a 25% do total de 11 meses da chegada da doença à Irlanda. O maior número de mortes em 24 horas, aliás, foi em 19 de janeiro, quando foram registrados 93 óbitos.

Recorde de internações e vagas de UTIs preenchidas ocorreram em janeiro. Foto: Unsplash

O médico chefe do Departamento de Saúde da Irlanda, Tony Holohan, previu que janeiro poderia chegar a ter de 500 a 1.000 mortes registradas.

“Dado o grande número de surtos notificados recentemente em instituições de cuidados residenciais de longo prazo e hospitais, podemos, infelizmente, esperar ver, além disso, uma grande escala de mortalidade nesses locais”, disse.

Se a média dos próximos dias for de 45 óbitos diários, o máximo previsto por Holohan vai se concretizar.

Novo recorde em internações nas UTIs da Irlanda

Os casos de pacientes internados em UTIs na Irlanda estão acima dos 200 desde o dia 18 de janeiro, com novo recorde registrado no domingo, 24 de dezembro, quando 221 pacientes estavam internados nas Unidades de Tratamento Intensivo do país. Nesta segunda, haviam 219 pacientes em UTIs.

O mesmo acontece com internações em camas comuns de hospitais, com mais de 1.900 vagas ocupadas desde o dia 17 de janeiro, com pico recorde de 2.020 no dia 18. O registro desta segunda-feira é de 1.905 internados no país.

No fim de semana (sábado e domingo) houveram 3.288 registros de novos casos e 100 mortes. Nesta segunda-feira, o governo informou 1.372 novos casos e sete vítimas fatais.

A Irlanda totaliza 188.923 casos de Covid-19 e 2.977 mortes desde o início da pandemia.

Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.