Por Marluce Lima
Mãe, não me espere pro jantar.
Eu havia dito que seria por um tempo, um ano.
E assim como algumas vezes nas noites adolescentes eu acabei me atrasando pra chegar em casa.
Mais um ano rapidamente se passou e não vou estar pro Natal.
Talvez eu mande alguns presentes pelo correio com a vontade de me enfiar dentro da caixa e ver a cara de surpresa dela quando me desembrulhar lá no Brasil.
Mas não é dessa vez que vou comer arroz com uvas passas, aquele tão tradicional e que muitos detestam – provavelmente é porque nunca experimentaram o da minha mãe!
Vou ligar, mandar mensagem ou fazer um Skype e ver toda a família reunida e engolir o choro até que a chamada acabe. Daí vou chorar com um prato de feijão enlatado na mão, toda enrolada no cachecol e abraçar os amigos que se tornaram meus familiares.
Tantas vezes senti vontade de chamá-la e desabar. Porém, me sinto na obrigação de me mostrar forte. Sem duvidas ela sabe quem me tornei quando olha em meus olhos, mas algumas dores talvez ela tenha ciência quando ver as marcas na minha pele.
Nem mesmo ela seria capaz de entender tudo que se passa aqui. A falta que ela faz só eu mesma entendo. Assim como a saudade de uma mãe separada de uma filha por um oceano eu não sei como é.
E mesmo que a esperança de me ver seja mais presente do que eu, ela entende o porque me atrasei dessa vez.
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