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Principais dúvidas sobre as novas regras de intercâmbio

Pensando nos leitores e-dubliners, intercambistas ou futuros, estamos acompanhando de perto todas as novidades divulgadas a respeito da nova regulamentação que o governo irlandês vai aplicar a partir de 2015. Devido ao grande número de mudanças e de informações, os questionamentos vão muito além de “o que vai mudar?” Por isso, preparamos um FAQ (Frequently Asked Questions) especial para responder algumas das perguntas que têm chegado até nós e esclarecer o que deve acontecer daqui pra frente e como cada intercambista deve reagir às novas regras.

1. Tenho escola paga mas ela não tem ACELS, o que fazer?

Já explicamos aqui no E-Dublin o que é o ACELS e como saber se a escola possui o selo de qualidade.

Se você já comprou o curso e sabe que a escola não está na lista das certificadas, o primeiro passo é contatar a empresa responsável, seja a agência de intercâmbio ou a escola que está oferecendo o curso, e especular sobre as possibilidades de remanejamento. É sabido que as escolas terão um tempo para se ajustarem a nova regulamentação, porém entre ariscar e tentar ser mais prudente, a decisão fica a cargo do intercambista.

No caso de agência o processo pode ser mais fácil, já que as empresas costumam oferecer mais de uma opção de escola. O valor pode não ser o mesmo, e certamente o aluno terá que pagar alguma diferença. Negocie com a sua agência.

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Se você fechou direto com a escola, o ideal é contatar quem vendeu o curso para saber como está o processo em relação ao ACELS, já que algumas escolas ainda estão esperando os resultados da avaliação para adquirir a certificação. Peça esclarecimentos e pergunte quantas questões forem necessárias para se assegurar que a escola está realmente tentando se ajustar as novas regras.

Muitas escolas estão informando aos alunos que o processo está em andamento e que a instituição está aguardando o resultado, mas é importante acompanhar passo a passo todas as notícias, já que em outubro uma nova série de averiguações será realizada nas instituições que estão inscritas para adquirir o ACELS e uma nova lista pode ser divulgada. Não se limitem ao que dizem agências e escolas, procurem informações também no próprio site do governo irlandês e órgãos de educação.

2. Devo adiantar minha chegada?

Caso a escola não tenha o ACELS, o ideal é tentar adiantar o início do curso ainda para este ano, já que por enquanto estas instituições não estão sendo proibidas de emitir o visto de estudo.

Isso porque as novas regras começam a valer em janeiro de 2015 e a partir desta data, apenas poderão conceder o visto de estudante para o cidadão não-europeus, as escolas que estiverem de acordo com a regras do governo.

Por enquanto, a certificação em vigor ainda é o ACELS, mas a partir do ano que vem será feita uma nova avaliação, o que pode excluir mesmo escolas que já estão regularizadas. Todas elas precisarão aplicar novamente para o IEM – International Education Mark, que a partir de 2015 substituirá o ACELS. Porém, assim como a antiga certificação, toda escola precisará passar por um processo de avaliação, o que deve ser finalizado apenas em 2016.

Portanto, é importante verificar qual a atual situação da escola, para então decidir se deve ou não iniciar o curso antes de 2015. O adiantamento assegura o aluno pelo menos pelo primeiro ano de visto, já que uma vez com o Irish Residence Permit – IRP em mãos, a renovação só será necessária 12 meses mais tarde e, até lá, o cenário estará muito mais ordenado e claro, facilitando assim a renovação em instituições já em ordem com a regulação vigente.

Vale ressaltar, que mesmo se você optar pelo adiantamento da viagem, a nova regra a respeito dos meses para trabalhar full-time, continua valendo mesmo se o aluno iniciar o curso em 2014.

3. Minha escola não possui ACELS, ela vai fechar?

A partir de agora, o governo está sendo mais rigoroso com todos os requisitos para que uma escola possa fornecer o visto aos estudantes não europeus. O objetivo é manter a qualidade de ensino na Irlanda e não prejudicar os alunos.

Mesmo sem o certificado, a escola vai poder continuar funcionando, mas muitas instituições trabalham basicamente com estudantes de fora da União Europeia. Sendo assim, com o impedimento de fornecer o visto estudo + trabalho, é possível que estas empresas fiquem sem verba para continuar atuando no mercado, o que pode levar ao fechamento.

Todo cuidado é pouco, já que muitas escolas estão com o futuro incerto a partir de agora.

4. Contratei uma agência, como posso cobrar deles uma posição concreta sobre a minha escola?

A vantagem de contratar uma agência é exatamente o que citamos anteriormente. Por trabalhar com mais de uma opção, oferecendo outras escolas, a troca em caso de algum problema pode ser facilitada, além claro, de outras cláusulas contratuais que devem visam proteger o consumidor.

É importante questionar o vendedor de tudo que pode acontecer caso a escola venha a ter algum problema e solicitar o máximo de clareza possível.

Perguntar qual a atual situação da escola, e solicitar uma garantia caso surja algum imprevisto é o básico. Também é bom estar ciente sobre as diferenças de preços e valores em caso de rescisão de contrato.

No grupo do E-Dublin, todos os dias recebemos diversas perguntas e respostas sobre várias escolas da Irlanda. Cheque as informações, compare, compartilhe o que sabe e a posição recebida pela escola e pelas agências, nesses casos, toda informação é bem-vinda.

5. Quanto tempo as escolas terão para se adequar à regulamentação?

Não há um tempo determinado para isso. A partir de janeiro de 2015 as escolas poderão requerer o novo certificado que será concedido pelo governo para as instituições que estiverem dentro de todas as regras.

Apenas o governo poderá informar quanto tempo todas as averiguações devem levar, o que por enquanto está previsto para 2016.

6. Minha escola não tem ACELS e não tenho como pagar por outra que tenha. Corro o risco de ficar sem visto?

Tudo depende da data que o intercâmbio está programado. Comprar uma escola sem certificação a partir de agora, é arriscado. Iniciar um curso em alguma escola sem ACELS, a partir de 2015, pode ser perigoso e causar alguns imprevistos.

Mesmo que a escola afirme que está correndo atrás de tudo ou que possui convênio com alguma outra instituição que vai cobrir os danos, é preciso atenção redobrada. Continue questionando tudo o que puder para ter certeza de que as informações são corretas.

O melhor é programar o intercâmbio de forma que o custo x benefício seja garantido, pois muitas vezes o barato acaba saindo mais caro do que o esperado.

7. Qual a possibilidade de encontrar emprego part-time já que as 40h semanais agora são limitadas a meses específicos?

Apesar das novas regras que apenas permitem os estudantes de trabalharem 40 horas semanais em períodos determinados do ano, as empresas continuarão contratando part-time. E afirmamos isto, pois na Irlanda é comum várias empresas com vagas para 20 horas semanais.

Neste caso, a oferta pode vir a ser menor, já que muitos alunos estarão procurando por trabalho part-time, mas isso não quer dizer que será impossível. O importante é não desistir e ir em busca de todas as possibilidades.

8. Consigo sobreviver trabalhando apenas 20h semanais?

Sim, é possível. A grande diferença é que não é possível viver com grandes luxos, mas tendo como salário base 9,55 por hora, que é o mínimo na Irlanda, dá para pagar o básico e dependendo de cada pessoa até sobrar um pouco.

O valor para passar o mês na Irlanda, depende de como cada um vai administrar o seu dinheiro, mas se feito com planejamento e consciência, é possível pagar as contas e ainda se divertir.

O importante agora é não se desesperar e como sempre falamos aqui, unir o máximo de informações possíveis antes de tomar qualquer decisão. Questione amigos, colegas, pessoas que você não conhece e que já estão aqui, agências e se puder entre em contato direto com as escolas. Muitas delas possuem brasileiros como funcionários e que podem ajudar e muito com as informações que você vai precisar para decidir sobre os próximos passos

Júlia Paniz

Formada em Jornalismo, trabalhou com assessoria de imprensa, mídias sociais e telejornalismo. Saiu de Blumenau, Santa Catarina, para estudar inglês em Dublin, na Irlanda, mas descobriu que aprenderia muito mais que apenas um novo idioma. É apaixonada por fotografia, livros, viagens e novas culturas.

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