Temple Bar, em Dublin, é considerado a terceira maior “armadilha para turistas” do mundo

O famoso bairro Temple Bar, no coração de Dublin, considerado um cartão-postal da capital da Irlanda, foi recentemente classificado como o terceiro maior “tourist trap” (“armadilha para turistas”) do mundo, segundo uma pesquisa da Nomad eSIM.

O debate levanta a pergunta: até que ponto o valor cultural de um destino se mantém quando o foco passa a ser majoritariamente turístico?

A pesquisa analisou milhares de avaliações online que utilizavam explicitamente o termo “tourist trap”, e o bairro dublinense apareceu citado 687 vezes.

Segundo a análise, os visitantes se queixam de preços altíssimos — como pints de Guinness por até €10 —, ruas lotadas, sensação de insegurança e uma experiência considerada “menos autêntica” do que o prometido. Um dos comentários destacados descreve o bairro como “superlotado, caro e superestimado”.

A pesquisa colocou Temple Bar atrás apenas de Fisherman’s Wharf, em São Francisco (EUA), e Las Ramblas, em Barcelona (Espanha), que lideraram o ranking global de destinos mais criticados por parecerem explorar financeiramente os turistas.

O estudo também menciona que, embora Temple Bar seja conhecido por seus pubs tradicionais e atmosfera vibrante, a quantidade de pessoas, a presença de atrações consideradas genéricas e os preços elevados fazem com que muitos se sintam enganados ou decepcionados com a visita.

Apesar das críticas, Temple Bar continua sendo uma das áreas mais visitadas de Dublin — seja por sua vida noturna, suas ruelas de paralelepípedos ou pela atmosfera vibrante que atrai viajantes de todo o mundo.

Moradores e comerciantes locais defendem que o bairro ainda oferece experiências culturais legítimas — como teatros, música ao vivo e centros culturais — além de eventos gratuitos e ruas recentemente revitalizadas.