A Ryanair anunciou que vai aumentar em 20% o tamanho da bagagem de mão permitida gratuitamente a bordo, em meio a uma pressão crescente da União Europeia para padronizar os direitos dos passageiros em relação à bagagem gratuita de cabine (leia mais abaixo).
Atualmente, a Ryanair permite uma bolsa pessoal de até 40 cm x 25 cm x 20 cm gratuitamente. Com a nova política, o tamanho máximo passa a ser 40 cm x 30 cm x 20 cm — o que representa um aumento de um terço no volume total permitido.
A companhia afirma que a alteração será implementada nas próximas semanas, à medida que os medidores de bagagem nos aeroportos forem ajustados.
Apesar da ampliação da bolsa gratuita, as demais regras seguem rígidas. Se a bagagem exceder os limites no portão de embarque, o passageiro pode pagar uma multa de até € 70.
Um novo regulamento está sendo discutido pelo Parlamento Europeu para garantir sem custo adicional para voos dentro da UE ou de/para a UE:
Além disso, a proposta prevê que crianças de até 12 anos tenham direito de se sentar ao lado de seus responsáveis sem cobrança adicional de escolha de assento.
A regra, no entanto, ainda precisa ser aprovada por ao menos 55% dos Estados-membros da UE após negociações que começam neste mês (julho de 2025).
A era das cobranças extras por bagagem de mão nos voos dentro da União Europeia (UE) pode estar com os dias contados.
No dia 24 de junho, o Parlamento Europeu votou a favor de uma proposta que garante o transporte gratuito de uma mala de mão de até 7kg por passageiro, mesmo em companhias aéreas de baixo custo.
Se passar pela Comissão Europeia, nova regra vai facilitar vida do passageiro e evitar cobranças abusivas. Foto: Envato
Se aprovada pelos Estados-membros da UE (55% precisam concordar), a nova legislação deve entrar em vigor após negociações a partir deste mês.
As mudanças se aplicariam a todos os voos:
O que mudaria:
Outro avanço importante: companhias não poderão mais cobrar por assentos juntos quando o passageiro for uma criança com 12 anos ou menos, garantindo que famílias permaneçam juntas durante o voo sem taxas extras.
A proposta também prevê mais transparência nas tarifas:
A cobertura de compensações se estende a conexões perdidas com outros meios de transporte, como ônibus de aeroporto, desde que o bilhete tenha sido comprado por um único operador
A proposta surge após uma multa histórica de €179 milhões aplicada pelo Ministério dos Direitos do Consumidor da Espanha a cinco companhias low-cost em 2024, incluindo Ryanair, EasyJet e Wizz Air após a prática de cobrar por bagagens de mão foi considerada abusiva.
Cias aéreas de baixo custo cobram a mais por bagagem de mão que ultrapassa limite de tamanho. Foto: Envato
Uma decisão tomada por um tribunal em Salamanca, na Espanha, pode desencadear uma mudança significativa nas políticas de cobrança por bagagem de mão em voos na Europa, informou o jornal britânico The Telegraph.
A companhia aérea Ryanair foi condenada a pagar €147 (cerca de R$ 850) a um passageiro que foi cobrado por embarcar com uma mala de mão em cinco voos entre 2019 e 2024.
A multa aplicada pode parecer pequena frente ao faturamento da Ryanair, mas a decisão tem potencial para afetar a indústria como um todo, principalmente na UE e Reino Unido, ao abrir caminho para novas ações judiciais contra companhias de baixo custo.
Segundo as regras da Ryanair, a mala em questão excedia o tamanho permitido para bagagem de mão gratuita, apesar de ainda ser adequada para transporte dentro da cabine. No entanto, o juiz considerou que a bagagem de mão é um item essencial e indispensável ao transporte aéreo e, com base nisso, determinou o reembolso com juros.
A decisão se apoia em jurisprudência da União Europeia de 2014, que afirma que a bagagem de mão, em princípio, não deve estar sujeita a cobrança adicional. Também fundamenta-se no artigo 97 da Lei de Navegação Aérea da Espanha, que obriga as companhias aéreas a transportar gratuitamente os pertences de mão dos passageiros.
Apesar disso, empresas aéreas e a Associação de Companhias Aéreas da Espanha defendem que as cobranças são legais sob a legislação europeia.
Decisão judicial na Espanha pode abrir caminho para jurisdição em outras partes da Europa. Foto: Envato
Nos últimos anos, companhias aéreas de baixo custo têm aumentado significativamente as chamadas “taxas por gotejamento”. Em 2023, a Ryanair faturou €4,2 bilhões com vendas adicionais como bagagens, escolha de assentos e embarque prioritário.
Segundo especialistas, porém, a possibilidade de um possível fim de cobranças por bagagem de mão pode levar ao aumento das tarifas básicas.
A Ryanair, por sua vez, se mantém firme. Em nota, a companhia afirmou: “Permitimos que cada passageiro leve uma bolsa pessoal (40 x 25 x 20 cm) gratuitamente, com opção de adicionar malas por uma taxa. Essa política equilibra tarifas baixas e liberdade de escolha do consumidor, sendo compatível com a legislação da UE, como reconhecido por diversos tribunais espanhóis.”
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