O Grand Canal de Dublin, uma via aquática histórica que conecta a capital da Irlanda ao Rio Shannon no oeste do país, tem sido palco de um intenso debate nas últimas semanas.
Desde maio deste ano, cerca de 2km de grades foram instaladas ao longo das margens do canal, uma medida que gerou polêmica entre parlamentares, ativistas e moradores locais.
Segundo a organização Waterways Ireland, responsável pela administração do canal, as grades foram erguidas por dois motivos principais: proteção da saúde pública e segurança da propriedade.
Grades estão instaladas ao redor de todo o Canal de Dublin.
A medida veio após a retirada de mais de 100 refugiados, solicitantes de asilo, que viviam em tendas montadas nas margens do canal. Cerca de cinco ônibus foram necessários para realocar essas pessoas em novas acomodações, com o objetivo de evitar que outras barracas fossem armadas no local.
Apesar da justificativa apresentada pela Waterways Ireland, a instalação das barreiras gerou críticas no parlamento irlandês.
Durante uma sessão do Comitê de Contas Públicas, o diretor executivo da organização, John McDonagh, respondeu a questionamentos sobre a decisão de colocar as grades.
McDonagh ressaltou que a Waterways Ireland agiu por conta própria, sem contratos com outras entidades, e buscou coordenação com agências de diferentes setores para implementar a medida.
Ele também mencionou que, se necessário, a extensão das grades poderá ser aumentada para 4km ou 5km.
Contudo, as críticas à decisão são contundentes. Parlamentares classificaram as barreiras como “espantosas” e “uma monstruosidade horrível”, argumentando que a presença das grades contribui para a exclusão social e tem um impacto negativo no meio ambiente local.
A fauna, especialmente aves que frequentam o canal, parece estar sendo afetada pela obstrução.
Além disso, os custos mensais de manutenção das grades, que já ultrapassam 20 mil euros, somam mais de 60 mil euros em aluguel e 85 mil euros em serviços de limpeza e saneamento, elevando a preocupação de que os gastos sejam desproporcionais em relação aos benefícios.
Enquanto a Waterways Ireland defende a necessidade das grades por razões de segurança e proteção, o futuro das margens do Grande Canal segue incerto, com a pressão crescente para a remoção das barreiras e a busca por soluções mais inclusivas e sustentáveis.
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