A imprensa irlandesa noticiou nesta semana que o país está tendo um surto de sífilis, que foi confirmado pelo HSE (Health Service Executive). Desde antes da pandemia da covid-19, a sífilis latente precoce (early infectious syphilis, em inglês) estava sendo monitorada pelo governo, que registrou um aumento.
Em 2019, foram notificados 745 casos confirmados, 54% a mais que no ano anterior (484). Em abril de 2020, registrou-se uma diminuição das notificações, algo que foi revertido ao longo daquele ano, com um total de 562 casos notificados em 2020.
Apesar dos dados incompletos sobre 2021, que ainda está em andamento, indica-se que as notificações estão ultrapassando o que foi registrado no ano passado, com 242 casos notificados entre 1º de janeiro e 30 de abril de 2021.
As autoridades de saúde disseram que a situação requer “ação urgente”. Embora a maioria dos casos permaneça em homens (91% em 2021), o número de casos em mulheres quase dobrou, passando de 4,5% dos casos confirmados em 2018 para 9% dos casos confirmados neste ano.
Segundo comunicou o HSE, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível tratável e o reconhecimento e tratamento precoces são essenciais para evitar a transmissão. “Se uma infecção não for tratada, pode causar sérios problemas de saúde ao coração, cérebro, olhos e sistema nervoso”, diz o comunicado.
O estudo completo está disponível aqui.
A sífilis primária é caracterizada pelo aparecimento de um cancro que ocorre de 10 dias a três meses após a exposição à doença. Os sintomas da sífilis secundária ocorrem algumas semanas após o desaparecimento do cancro.
A melhor forma de se prevenir contra a doença é o uso de preservativo (camisinha).
Todos os indivíduos com sífilis recém-diagnosticada devem ser encaminhados aos serviços de doenças geniturinárias ou infecciosas para avaliação, tratamento e acompanhamento.
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