Embaixada da Irlanda no Brasil: Martin Gallagher assume como novo embaixador

A Embaixada da Irlanda no Brasil anunciou oficialmente a chegada do novo embaixador, Martin Gallagher, que também será responsável pela missão diplomática irlandesa na Guiana, Suriname e CARICOM.

Gallagher assume o posto em um ano simbólico: 2025 marca os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Irlanda.

Em mensagem de boas-vindas, o diplomata destacou a importância do fortalecimento dos laços entre os dois países:

“Estou muito feliz por ter sido nomeado Embaixador da Irlanda no Brasil em um momento de crescente engajamento e conexão entre nossos países e cidadãos. (…) Com a equipe da Embaixada, nosso Consulado-Geral em São Paulo e nossos parceiros, espero continuar nosso trabalho para aprofundar as conexões interpessoais e aumentar as oportunidades educacionais, o comércio bilateral e os investimentos. Aprimorar nosso engajamento cultural será outra prioridade”, afirmou Gallagher.

Carreira internacional

Antes de chegar a Brasília, Martin Gallagher ocupou cargos de destaque na diplomacia irlandesa e em organismos internacionais:

• Consular Director de Planejamento de Crises e Viagens Internacionais no Departamento de Relações Exteriores da Irlanda (2023-2025).
• Deputy Permanent Representative na Missão Permanente da Irlanda junto às Nações Unidas em Nova York (2022-2023).
• Coordenador Político na mesma missão (2018-2022).
• Assessor sênior no Secretariado da ONU, atuando em segurança alimentar e nutrição (2015-2016).
• Funções anteriores em Genebra, Liubliana e no governo irlandês em Dublin.
• A experiência do diplomata combina áreas como política multilateral, direitos humanos, segurança alimentar, crises humanitárias e comunicação estratégica.

Sucessão e pioneirismo

Gallagher sucede a embaixadora Fiona Flood, a primeira mulher a chefiar a missão irlandesa no Brasil. Flood ocupou o cargo por dois anos, após ter atuado como vice-chefe de Missão em Londres e desempenhado funções de liderança em temas ligados à União Europeia, Brexit e migração econômica.

Sua nomeação foi considerada histórica para a diplomacia irlandesa, reforçando o avanço da participação feminina em cargos de alto nível.

Em 2023, Fiona Flood se tornou a primeira mulher Embaixadora da Irlanda no Brasil

A irlandesa Fiona Flood assumiu o posto histórico de primeira mulher Embaixadora da Irlanda no Brasil, em 2023, marcando um novo capítulo nas relações bilaterais entre as duas nações.

O governo brasileiro já tinha dado o sinal verde para a sua nomeação em 17 de abril de 2023, através da “concessão de agrément”.

Em resposta a essa confirmação, a Embaixada da Irlanda no Brasil comemorou a notícia com uma mensagem no Twitter: “Seja bem-vinda, Embaixadora Fiona Flood! Pela primeira vez, temos uma mulher como Embaixadora da Irlanda no Brasil! Que orgulho. Que os próximos quatro anos de mandato sejam frutíferos e de muitas realizações”.

Antes de ser nomeada para o posto em Brasília, Flood desempenhou papéis importantes em seu país natal. Ela atuou como vice-chefe de Missão na Embaixada da Irlanda em Londres e teve um papel ativo em assuntos relacionados ao Brexit e à União Europeia.

Além disso, ela dirigiu vários departamentos no governo irlandês, incluindo a Diretoria de Segurança, Conformidade e Coordenação do Departamento de Relações Exteriores e Comércio, bem como a chefia de Migração Econômica, Licenças de Trabalho e Secção UE/EPSCO no Departamento de Emprego, Empreendimento e Inovação.

Flood assumiu o cargo após a conclusão do mandato de quatro anos de Seán Hoy.

O que faz um embaixador?

Em termos gerais, o embaixador é como o “braço direito” do seu país em território estrangeiro. É ele ou ela que faz a ponte entre os governos dos dois países.

O embaixador cuida de muitas coisas importantes: desde ajudar a fazer acordos entre os dois países até promover a cultura e os interesses de sua terra natal. A ideia é fortalecer os laços em várias áreas como política, economia e cultura.

Flood começa agora um período muito importante da sua carreira, tanto para ela quanto para a diplomacia. Sua nomeação não é apenas histórica, mas também um sinal de avanço em questões como igualdade de gênero. Sem dúvida, isso trará algo a mais para o seu trabalho nos próximos quatro anos.