Se um bom currículo é o cartão de visita de um profissional para a possibilidade de conquistar uma vaga de emprego, um bom portfólio pode ser a porta de entrada definitiva para o cargo dos sonhos. Profissionais de design, artes gráficas, fotografia, publicidade, jornalismo, entre outras áreas precisam ter na ponta dos dedos uma coleção do trabalho já realizado em um portfólio bem-feito.
O E-Dublin conversou com alguns desses profissionais para mostrar dicas de como montar seu próprio portfólio, para quando um recrutador ou uma empresa solicitá-lo.
O product designer Fabiano Souza morava em Curitiba, mas só pensava na sua vontade de sair do Brasil para trabalhar fora. Um recrutador achou seu perfil no LinkedIn e mandou uma mensagem dizendo haver uma oportunidade legal em uma empresa na Irlanda. “Eu fiquei um pouco desconfiado, achava que não era o momento e ignorei essa mensagem por uma semana. Daí pensei: vamos lá, vamos fazer mais uma entrevista para praticar”, disse.
Ele tinha acabado de montar seu portfólio e precisou dele para mostrar para a empresa. Só depois da análise dos trabalhos já criados por Fabiano é que houve o primeiro teste. “Pediram para eu fazer o design de um produto e, depois, rolou mais uma conversa para eu explicar como foi o meu teste. Queriam saber se fui eu mesmo que fiz”, disse.
O portfólio de Fabiano está hospedado em um domínio próprio, onde constam links para as redes sociais e LinkedIn, um texto sobre o profissional e três projetos, que mostram o processo do designer. “Além disso tenho mais um perfil no Dribbble com alguns trabalhos e no Behance. Esses são os lugares onde exponho meus projetos públicos”, explicou.
Para Fabiano, quando ele decide o que colocar no portfólio, ele busca selecionar projetos mais diferentes entre si, mas que consigam mostrar todo o seu processo, desde como tomou as primeiras decisões até o fim. “Eu tento expor de 3 a 2 projetos. Geralmente, os recrutadores não têm tempo de ver mais que isso. E tento escolher os projetos mais recentes.”
Além das versões públicas, utilizadas para que recrutadores ou pessoas interessadas no trabalho possam ver, Fabiano guarda uma versão com projetos particulares, que é mostrada apenas já com o processo de contratação já em fase de seleção.
“Os portfólios sempre são solicitados. Em um processo seletivo, os recrutadores precisam ver se você tem os skills mínimos necessários e, durante o processo, você vai precisar apresentar de um a dois projetos. Nesse caso, vale até ter uma apresentação no estilo PPT (Power Point). O que importa é contar uma história, mostrando o que você sabe fazer, mas também mostrando o lado pessoal, o que você faz nas horas vagas, por exemplo.”
Neste ano, Fabiano decidiu tentar aplicar para vagas em diversas cidades da Europa. “No processo para o Spotify, em Londres, acabei descobrindo uma vaga da empresa em Estocolmo. O portfólio foi bastante importante do começo ao fim. Foi por meio dos meus projetos que eles conseguiram decidir se eu me encaixaria no time de lá ou não.”
Fotógrafo e editor de vídeo, o publicitário Fábio Gibelli trabalha como freelancer em Dublin e tem o portfólio como vitrine para mostrar seus trabalhos às empresas que vão contratá-lo. “Nele, constam artes gráficas de folhetos, logos, revistas, além de trabalhos fotográficos, matérias e competições que ganhei”, explica.
Para ele, a seleção é simples: os melhores trabalhos estão lá. “Pego sempre os que eu acho bom. Menos é mais nesse caso. Não tem um número certo”, afirmou.
O site Canva, que disponibiliza criação de arte gráfica online, disponibilizou uma lista com dicas de como criar um bom portfólio. Entre elas, estão:
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