Molly Malone: conheça a história por trás da estátua

Molly Malone: conheça a história por trás da estátua

edublin Press

4 dias atrás

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Passeando pelas redondezas da região de Dublin 2, próximo à Suffolk Street, uma estátua chama a atenção. É impossível não observar a aglomeração de câmeras fotográficas na direção daquela famosa (e formosa) mulher: Molly Malone.

Personagem icônica do folclore irlandês, ela é também um mistério. Apesar de estar em letras de música e ter, até, essa estátua disposta no centro da cidade de Dublin, não é certo que ela realmente tenha existido.

Por outro lado, há quem jure que Molly Malone perambulou, sim, pela cidade há décadas e, além de vender peixe, tinha outras atividades profissionais.

Mas afinal, quem foi essa pessoa que é alvo de tantos turistas que passam por Dublin todos os dias?

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Vamos explicar mais um pouco sobre Molly Malone neste artigo.

Curioso? Então, acompanhe!

A música Molly Malone

Foto: Shutterstock

A estátua da Molly Malone em Dublin é atração entre turistas. Foto: Shutterstock

Molly Malone é tema de uma música irlandesa tradicional. A melodia conta a história de uma linda mulher do século 17, nascida nas províncias de Dublin. Na canção, a vendedora ambulante de peixes tem um final trágico, morrendo de febre.

Na música, o admirador de Molly, que evidencia a postura forte da mulher e seu trabalho árduo para viver, também diz que, apesar da morte, a bela ainda continua perambulando pelas ruas da cidade. Seria, então, um fantasma?

Ironicamente, a publicação original da música não foi encontrada na Irlanda, mas em Cambridge, nos Estados Unidos, no ano de 1883, sem vestígios do autor. O segundo registro foi no ano seguinte, 1884, em Londres, por Francis Brothers and Day, composta por James Yorkston e com arranjos de Edmund Forman.

Música tem interpretação de The Dubliners e Sinead O’Connor

Mesmo sem rastros sobre o paradeiro da bela, o hit que fez sucesso na voz da banda The Dubliners, conhecido pelo refrão “Cockles and Mussels”, tornou-se hino de Dublin e é cantado em todos os pubs da cidade até hoje (veja vídeo acima).

Outros artistas irlandeses gravaram a canção, como a cantora Sinead O’Connor!

Se você está cursando inglês em uma escola irlandesa, provavelmente já viu (ou verá) a canção em sala de aula. Veja trechos da letra abaixo:

In Dublin’s fair city
Where the girls are so pretty
I first set my eyes on sweet Molly Malone

As she wheeled her wheelbarrow
Through streets broad and narrow
Crying, “Cockles and mussels, alive, alive, oh!”

She was a fishmonger
And sure ‘twas no wonder
For so were her father and mother before

And they both wheeled their barrows
Through streets broad and narrow
Crying, “Cockles and mussels, alive, alive, oh

She died of a fever
And no one could save her
And that was the end of sweet Molly Malone

But her ghost wheels her barrow
Through streets broad and narrow
Crying, “Cockles and mussels, alive, alive, oh

O outro lado da personagem Molly Malone

babados fortes que sugerem que a trabalhadora vendia mais que peixe nas noites de Dublin. Sim, é o que você está pensando! Molly trabalhava “na noite” da cidade.

O boato surgiu no Apollo’s Medley, livro datado de 1979, redescoberto e publicado em 2010. No livro, há uma música chamada “Sweet Molly Malone”, que apresenta um refrão bem sugestivo:

“My sweet Molly Malone, Till I’m bone of your bone, And asleep in your bed”
[Minha querida Molly Malone, até que eu seja do osso do seu osso, e adormeça na sua cama]

Apesar de haver a coincidência com o nome, novamente, não existem evidências de que a “Sweet Molly Malone” seja a mesma Molly da música interpretada pelo The Dubliners, que, talvez, também seja um personagem fruto de imaginação.

Enquanto alguns tentam desmistificar os segredos, outros parecem criar ainda mais mistério.

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Mas e a estátua? De onde surgiu?

A estátua foi construída em 1988, pela Comissão do Milênio de Dublin, após a aprovação de uma reivindicação sobre uma mulher com o nome de Molly Malone, que morreu em 13 de junho de 1699. Muitos que passam pela estátua têm a mania de tocas os peitos da personagem. Dizem que dá sorte! Já foram tantos, que essa parte do monumento encontra-se desgastada.

E não foi só a estátua que ela ganhou como homenagem, mas um dia só para ela. Isso mesmo! Foi proclamado, no dia 13 de junho, o dia da Molly Malone. Pois é, ela não é fraca, não.

Em meio a tantos mistérios, a única dúvida que não resta é que a Molly, seja ela uma letra de música ou uma pessoa, causou fervor na imaginação dos homens, criou muita polêmica Irlanda à fora e se imortaliza, cada vez mais, nas fotos dos diversos turistas que passavam pelos arredores da Grafton Street, onde a estátua esteve durante anos, e agora na Suffolk Street.

‘Tradição’ turística leva a debate sobre sexismo

Canteiro instalado ao redor da estátua de Molly Malone para evitar o toque das pessoas. Foto: Rubinho Vitti

A icônica estátua de Molly Malone tem ganhado as seções de opinião dos jornais devido a uma tradição polêmica que a envolve: a crença de que tocar os seios da escultura traria sorte.

No entanto, essa prática tem levantado questionamentos sobre seu caráter misógino nos dias atuais.

A estátua de bronze de Molly Malone retrata a personagem em trajes de época, empurrando um carrinho de mercadorias. Tal como em outras partes do mundo, existe uma tradição turística de tocar certas partes de estátuas de bronze a fim de atrair sorte.

Na Escócia, esfregar o focinho do lendário cão Bobby é um costume semelhante. Em Florença, os visitantes têm o hábito de tocar o focinho do javali Porcellino.

Contudo, a tradição de tocar os seios da estátua de Molly Malone tem gerado debates mais amplos, especialmente no contexto atual de crescente conscientização sobre questões de gênero e assédio.

A prática de centenas de turistas tocando os seios da estátua diariamente resultou no desgaste visível do bronze nessa área específica.

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Articulistas condenam ‘tradição’ fake

Artigos no respeitado jornal Irish Times destacaram as perspectivas divergentes sobre essa tradição.

  • Maura O’Neill questionou por que a figura heroica de Molly Malone deve ser sujeita a gestos desrespeitosos e indignos, sugerindo sua inclusão no movimento de combate ao assédio sexual.
  • Bernice Harrison observou que guias turísticos locais incentivam essa prática, e até mesmo sites especializados em turismo promovem a tradição.
  • A origem precisa dessa tradição permanece obscura, mas indícios sugerem que possa estar ligada à indústria turística. A controvérsia gira em torno da relevância de tal prática em tempos modernos, especialmente à luz dos movimentos sociais em prol do respeito às mulheres e da igualdade de gênero.

 

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Dublin instala canteiros de flores para impedir turistas de “apalparem” a estátua de Molly Malone

Canteiro foi instalado ao redor da estátua de Molly Malone, em Dublin, para evitar que visitantes a toquem. Foto: Rubinho Vitti

A estátua de Molly Malone, um dos pontos turísticos mais fotografados de Dublin, recebeu canteiros de flores ao redor numa tentativa de impedir que visitantes continuem a “apalpar” os seios da escultura — hábito que, ao longo dos anos, provocou danos repetidos à obra e gerado intenso debate público sobre respeito e preservação.

A intervenção ocorre apenas um mês após a estátua ter sido repintada, em razão do desgaste visível causado pelos toques constantes. Mesmo depois do reparo, o Dublin City Arts Office identificou novos danos, o que levou a Prefeitura a planejar mais uma restauração.

Prefeitura estuda novas medidas para proteger o monumento

Segundo o Arts Office, os canteiros têm como objetivo dificultar o acesso direto à estátua, embora outras soluções estejam sendo avaliadas caso o problema persista.

O hábito de esfregar os seios de Molly Malone — supostamente para atrair sorte — teria surgido por volta de 2012, possivelmente popularizado por guias turísticos. Desde então, o Dublin City Council (DCC) considera a prática tão “enraizada” entre visitantes que já compromete a integridade física do monumento.

Em abril deste ano, o DCC chegou a testar um projeto-piloto com seguranças, semelhante ao adotado para proteger o Dublin Portal. As patrulhas duraram uma semana em maio, mas não houve continuidade.

Vandalismo reacende debate sobre objetificação e preservação

A estátua também tem sido alvo de vandalismo, em especial em 2023, quando foi atacada duas vezes na mesma semana. Na ocasião, a área do busto foi coberta de tinta preta com a frase “7 years bad luck” pintada em verde sobre o local.

As imagens se espalharam rapidamente pelas redes sociais, estimulando críticas não apenas ao vandalismo, mas também ao comportamento recorrente de turistas. Entre as vozes mais ativas, a cantora Imelda May repudiou o toque indevido:

“Quem ‘vandalizou’ Molly está falando por todas nós. Digam conosco: Hands Off!!!”

Para ela, o gesto de “apalpar” a estátua reforça mensagens de objetificação das mulheres, argumento que ecoou em debates públicos sobre turismo, segurança e preservação cultural.

Um símbolo de Dublin há quase quatro décadas

Criada pela escultora irlandesa Jeanne Rynhart, a figura de Molly Malone foi instalada em 1988 na extremidade norte da Grafton Street. Inspirada na personagem da balada folclórica “Cockles and Mussels”, tornou-se rapidamente um dos cartões-postais mais famosos da capital.

Há cerca de dez anos, a escultura foi realocada para Suffolk Street, devido à expansão da linha do Luas, mantendo-se como um ponto de visitação intenso — e cada vez mais desafiador de ser preservado.

Com os novos canteiros instalados, a Prefeitura espera reduzir o contato físico indevido com a obra. Ainda assim, autoridades admitem que medidas adicionais poderão ser necessárias caso o comportamento dos visitantes não mude.

O debate, portanto, continua:
como equilibrar a preservação de um ícone cultural com um fluxo turístico expressivo — e muitas vezes desrespeitoso?

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edublin Press, Este artigo é de autoria da assessoria de imprensa do edublin. Ele foi elaborado com o objetivo de agregar conteúdos relevantes e curiosidades sobre a Irlanda e viagens ao nosso site. Para mais informações, escreva para [email protected]

Imagens via Shutterstock
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