Acomodação temporária no intercâmbio na Irlanda
5 anos atrás
Seguro Viagem
Sabia que é obrigatório ter um seguro viagem para ir pra Europa?
Como é alugar uma vaga temporária durante o intercâmbio?
Pensou em fazer um intercâmbio, a muitas coisas a se pensar, sem falar em muitas dúvidas que surgem nesta planejamento, mas posso te adiantar que a primeira coisa a se preocupar será a acomodação. Porque para entrar no Irlanda como estudante é preciso de ter reservado pelo menos duas semanas. Este é um dos requisitos do visto Stamp 2 – Visto de Estudante.
As opções mais comuns variam entre as famosas host families, onde o estudante geralmente tem direito às principais refeições, e os hostels – ambos são ótimas oportunidades de já entrar em contato com o novo idioma.
No entanto, uma outra opção muito popular entre os intercambistas na Irlanda, não só para quem chega, mas para quem já está por aqui e por algum motivo precisa mudar de acomodação, são as vagas temporárias. Neste texto vou explicar quais são as vantagens e desvantagens de quem aluga e de quem opta por esse tipo de estadia curta.
Mas o que são as Vagas Temporárias?
Um dos motivos mais comuns para se alugar o quarto ou cama temporariamente, é quando chega a hora de voltar ao Brasil de férias. Com a grana curta após todas as despesas de renovação, surge a ideia de esvaziar o próprio quarto para alugar e, com isso, poupar a despesa daquele mês. Acaba sendo uma grande vantagem para quem aluga.Já para quem está à procura de uma vaga definitiva, a principal vantagem em alugar uma vaga temporária está no maior tempo para procurar pela vaga definitiva. Muitas vezes a saga por essa vaga definitiva pode levar até dois meses, dependendo da época do ano, além de não ser uma das tarefas mais fáceis. Para entender melhor esta questão, não deixe de ler nossa TAG ALUGUEL, onde contamos como anda difícil alugar na Irlanda.
Estudantes que optam em fazer uma Eurotrip, também costumam alugar seus quartos para pagar o aluguel daquele mês que estão fora. Para perceber como isso é comum, basta dar uma circulada nos anúncios nos grupos de brasileiros no Facebook.
Entre as principais vantagens, está a de que a maioria que oferece esse tipo de vaga temporária não cobra depósito – pelo menos não é uma prática comum entre os estudantes brasileiros, pois estes só precisam mesmo cobrir o aluguel daquele mês ou daquelas semanas para poupar alguns euros.
Algumas desvantagens
Uma desvantagem para quem precisa alugar é justamente ter de desocupar o quarto e encontrar um outro canto da casa para deixar seus pertences por aquele tempo. Para quem opta por esse tipo de abrigo emergencial, sempre há o risco de, nesse meio tempo, conseguir uma oportunidade “long-term” e ter de pagar dois aluguéis e mais um depósito para garantir a vaga, gastando mais do que estava esperado no orçamento. Isso sem contar com o desgaste de ir e vir com malas de um canto para o outro.
Outra desvantagem é que nem sempre a vaga temporária ofertada é realmente em um quarto. Muita gente para fazer um dindim extra, decide alugar o sofá da sala para estudantes em apuros, o que, apesar dar mais tempo para a procura do lar doce lar, também gera desconforto, já que a privacidade neste caso fica bem prejudicada.
Hotel ou hostel? Qual será a melhor opção para a sua viagem?
Na hora de organizar as férias, depois da compra das passagens aéreas, outro detalhe que traz muitas dúvidas aos viajantes é a escolha da hospedagem. Atualmente, o que não faltam são opções, que vão desde um simples hostel aos mega resorts, com inúmeras regalias inclusas no valor da hospedagem.
E como esse é um dos pontos essenciais de qualquer viagem, vamos destacar aqui alguns detalhes que você deve levar em consideração na hora de escolher o tipo de acomodação ideal para as suas férias.
Existe melhor opção?
Tudo depende do perfil da sua viagem. Se você vai viajar sozinho, por exemplo, os hostels são uma ótima alternativa. Sinônimo de socialização, eles possuem espaços comuns, como cozinhas, salas de jogos e terraços, excelentes para conhecer e interagir com outros viajantes. Além disso, quem se hospeda em um hostel jamais ficará entediado, já que diversas atividades em grupos são oferecidas, como festas e pub crawl.
Por outro lado, para quem busca mais conforto e privacidade na hora de viajar com o parceiro ou com a família, por exemplo, buscar acomodação em um hotel ou pousada é a opção mais adequada, já que no final das contas, um quarto para casal ou mesmo família sairá mais em conta que se você optasse por um quarto single.
Economia
Uma das principais características dos hostels é a ampla oferta de camas em quartos compartilhados, o que consequentemente barateia o custo total da hospedagem. Essa também é uma opção economicamente viável para quem vai viajar por um longo período e não quer gastar uma fortuna com acomodação.
No caso dos hotéis, dependendo do seu destino, vale considerar que um quarto de casal ou familiar (que acomoda até quatro pessoas), em um hotel simples, pode ter um preço bem acessível, podendo custar o equivalente a um quarto individual em um hostel. Portanto, se você quer desfrutar de uma viagem mais tranquila e confortável, esta pode ser a melhor opção.Outra dica essencial na hora de economizar é fazer a reserva com antecedência, assim, além de garantir os melhores preços você também tem mais opções de escolha.
Como escolher?
Esse detalhe também varia bastante de acordo com o perfil da sua viagem. Se você quer curtir a cidade e só precisa de um local para dormir, vale considerar um hostel ou um hotel simples, com boa localização.
Já se o seu objetivo é relaxar, hostels podem ser bem barulhentos, portanto, considerar um hotel irá garantir mais tranquilidade, além de mais aconchego.
Como reservar?
A internet disponibiliza diversos portais de buscas e reserva de hospedagem, o que acaba sendo uma excelente fonte de pesquisa, já que é possível comparar preços e até filtrar por localidades. Além disso, é possível visualizar resenhas e comentários de pessoas que já passaram por esses estabelecimentos, detalhes que podem ser essenciais na hora de você finalizar a sua escolha.
Além de buscar por hotéis em todo o mundo, se você pretende ficar mais tempo no seu destino, também pode aproveitar esses portais para buscar aluguéis de carros e até passagens aéreas, uma facilidade que faz a diferença na hora de organizar a viagem.
seis dicas para não passar apuros no hostel
Quando montamos nosso plano de viagem, obviamente precisamos definir em qual tipo de estadia ficaremos. O hostel vem se mostrando uma opção cada vez mais escolhida entre os viajantes, principalmente pela Europa, onde a variedade é absurdamente grande e os preços muito acessíveis. Mas o que muitos não avaliam são as preocupações que devemos ter antes de fechar ou durante sua estadia. Por isso, listamos aqui cinco dicas que devem entrar no seu check-list se você definir que o hostel será a sua acomodação.
1. Sem pesquisa = fria!
Não adianta, a dica mais importante de todas é sempre a pesquisa prévia. Verifique se no valor da estadia está incluso café da manhã, cozinha equipada para fazer suas refeições, wi-fi, ar condicionado, calefação, locker (cofre), banheiro compartilhado, quantidade de camas no quarto e, obviamente, a localização (se é perto ou não do centro e a segurança do bairro). Isso eliminará quase 80% das chances de você entrar numa fria e estragar sua viagem. Ah, além de checar todos esses fatores, leia as avaliações online do local, porque nada melhor do que observar as impressões de quem já se hospedou no hostel para se decidir. Algumas coisas como barulho até tarde naquele hostel bacana com pub no térreo ou o chuveiro capenga daquele outro, jamais estarão no perfil de divulgação do próprio hostel! Fique esperto e também não se esqueça de deixar um comentário para que outros viajantes também possam usufruir dessa experiência. Afinal, é dando que se recebe!
2. Cuide do que é seu
Por mais que a maioria dos hostels seja, aparentemente, segura, não se pode garantir que as pessoas que ali se hospedam sejam honestas. Então, nada de deixar shampoos, toalhas ou outros pertences largados no banheiro ou quarto compartilhado. Opte sempre pelo uso do cofre quando o objeto for de valor alto, como laptops, ou guarde na sua mala com cadeado. Se não tiver cofre ou armário, lembre-se de levar uma mochilinha prática para levar sempre consigo passaporte e dinheiro.
3. Olhos e ouvidos fechados
Bom, por se tratar de um hostel, geralmente as pessoas interagem e conversam até altas horas. Mas o que fazer se você está mega cansado e só deseja tomar um banho e dormir para aproveitar o dia seguinte? A sugestão é levar consigo uma máscara para tapar os olhos e protetores de ouvido para abafar o barulho. Isso garantirá um sono mais tranquilo, mesmo que seu quarto compartilhado esteja cheio de gente conversando.
4. Bendita luz e sagrada tomada!
Ah, isso é vida para o viajante que dorme em hostel! Acredite, após uma viagem cansativa e um dia caminhando sem encontrar um lugar para recarregar seu note, celular ou câmera, você dará muito mais valor a uma tomada perto da cama e uma luzinha para ler seu roteiro do próximo dia ou um livro antes de dormir – além, é claro, de ajudar a arrumar suas coisas à noite sem acender a luz na cara dos roommates que já estiverem dormindo.
5. Aquele passeio espertamente de graça
Geralmente os hostels oferecem pacotes de passeios em parceria com as atrações locais e empresas de turismo da cidade. Então vale a pena dar uma conferida na recepção assim que chegar ao hostel – ou nos comentários de hóspedes que já ficaram lá. E, mesmo que você opte por conhecer o lugar por conta própria, converse com os funcionários, pois eles provavelmente possuem muitas dicas de como fazer esses passeios de forma mais barata e proveitosa.
6. A bendita toalhaAlguns hostels oferecem toalha sem custo adicional, enquanto outros cobram depósito. Há, ainda, aqueles que a alugam. Seja qual for a opção, vale inserir este item nos pré-requisitos importantes ao bookar o hostel, pois, por menor que a toalha seja, para quem viaja à la Ryanair e outras companhias de baixo custo, espaço é algo primordial na hora de fazer as malas e, ao invés de ter que se preocupar com a toalha, sobrará espaço para algo mais!
Possui mais alguma dica importante para nossos leitores sobre os hostels? Conte aqui nos comentários!
Não deixe de conferir, também, o e-book que o E-Dublin preparou sobre Acomodação, com informações detalhadas sobre a situação atual no país, opções de moradia, valores médios, diferenças entre as regiões da cidade e tudo que você precisa saber pra chegar aqui bem mais informado. Clique aqui para baixar gratuitamente!
A corrida pela residência fixa em Dublin
Os desafios daqueles que decidem encarar o intercâmbio na maturidade
Se você pensa que só chegar na Irlanda é difícil, você ainda não viu nada! Arrumar acomodação fixa, no início do ano acadêmico, por exemplo – que ocorre de setembro a outubro – não é tarefa para os fracos.
Eu, por exemplo, cheguei achando que seria eu que escolheria a acomodação que melhor se aproximasse das minhas necessidades, mas logo nas primeiras visitas percebi que não é bem assim que a banda toca, e que procurar uma casa em Dublin parece mais uma entrevista de emprego, pois quem escolhe, na verdade, não é você! Também percebi logo de cara, que nesse processo, não é só a idade que pesa, mas também como você se apresenta.
Mas posso dizer que tive sorte, pois consegui minha acomodação no último dia da minha residência temporária. Nem acreditei quando depois de 10ª entrevista recebi a mensagem dizendo que havia sido aprovado para aquela casa! Conheci várias pessoas que levaram semanas e até meses para encontrar a tão sonhada residência fixa.
Coisas que acontecem…Uma colega de classe, após passar dias sendo entrevistada, foi aprovada para dividir quarto com mais duas meninas, mas ao chegar na casa com suas malas, viu que a escolha não tinha sido uma das melhores. No quarto destinado apenas para meninas, uma de suas novas flatmates estava dormindo com o “namorado”. Isso não fazia parte de seus planos e a mesma resolveu voltar para sua vaga temporária.
Outro caso foi de um rapaz que chegou na Irlanda cheio de expectativas para passar o período de seis meses, mas após ter visitado várias casas, passado por várias entrevistas e ter morado em várias vagas temporárias (aqui quando alguém viaja, aluga sua cama para cobrir as despesas do mês, ou seja, uma vaga temporária), sucumbiu à frustração e decidiu voltar ao Brasil. Esse é um caso dos mais extremos que eu presenciei, mas ficar de galho em galho não é uma situação confortável, principalmente em um país distante. Sem falar que nessa brincadeira gasta-se muito mais, e aqueles 3 mil euros que parecem uma fortuna se dissolvem sem você ao menos perceber.
A realidade é dura…
Dada a minha experiência, recomendo fugir desses meses caóticos (set/out). Além dos brasileiros, muitos outros estudantes chegam à Ilha para estudar e fica realmente complicado encontrar o lar doce lar.
Começar a procurar logo nos primeiros dias também é super recomendado, pois nunca se sabe se você demorará alguns poucos dias ou semanas para encontrar o novo lar.
Fórmula certa? Desculpe amigo, não existe. Seja você mesmo e prepare-se para bater perna e receber muitos nãos nas “entrevistas”!
Pesquise, e muito. Infelizmente a questão de habitação na Irlanda tem sido um problema nos últimos anos e, com isso, é fácil encontrar casas repletas de gente ou em condições não muito ideais. Por isso, estar preparado para bater muita perna é importante.
Não achei que o fato de estar com quase 40 anos implicou nesse processo de busca por casa. Penso que seja aqui na Irlanda ou no Brasil, a estratégia será sempre a mesma: buscar por afinidades. A idade é apenas um fator entre muitos.Não esqueça do boca a boca! Comunique a sua busca aos colegas de sala, parceiros de pubs, amigos de amigos, etc. Nessa hora da acomodação evitar os brasileiros é um erro, pois geralmente serão eles que irão te indicar a uma boa vaga. Acredite em você e tenha perseverança que a vaga vai aparecer, afinal de contas todos estamos remando na mesma direção.
Minhas dicas?
Considere seus limites! Se você é uma pessoa mega organizada, aceitar aquela vaga de quarto com mais dois pode ser um forte indicativo de problemas. Se você tem restrições com determinadas idades, não adianta aceitar aquela vaga com uma turminha muito jovem, pois as chances de conflitos serão grandes.
Lembre-se: ter um lugar agradável para viver durante esse período tão importante longe de casa é algo fundamental, então não se desespere aceitando qualquer lugar, pois pior que não encontrar uma residência fixa é ter que se mudar dela depois de alguns dias.
Chegue com a mente e o coração abertos. O intercâmbio tem tempo de começar e terminar, então encare esse processo de dividir casa como uma coisa pontual e algo que te ajudará a melhorar como pessoa no quesito tolerância e na convivência com o outro.
Por.Fabiano de Araújo
Como alugar casa e apartamento no DAFT
Essa é a sessão talvez mais “técnica” do e-dublin, mas pelos e-mails e feedback recebidos, percebemos a necessidade de um passo a passo.
Para começar a vida de intercambista, nada mais interessante do que conseguir um “cantinho” pra morar. Então, como sempre falamos: “procura no Daft”! Ok, mas como procurar no Daft?
Primeiramente você precisará entender como navegar por este site. Apesar de ele ter um monte de botões, só 2 interessarão no primeiro momento, afinal, nenhum intercambista vem para cá com grana suficiente para comprar a casa própria.
– Letting: você aluga “do zero”. Pega a casa vazia e precisa enchê-la (de gente, não necessariamente de móveis, pois você pode pesquisar apenas casas que estejam mobiliadas escolhendo a opção “yes” para “furnished”).
– Sharing: “dividir”. O nome já diz. Você vai procurar apenas um quarto em uma casa já habitada.
Se você acabou de chegar e ainda não tem emprego e nem muitos amigos, sugiro começar por Sharing.
Agora você pensa: “Bacana, agora apareceu um campo de busca com trocentas opções! O que eu faço?”
Calma, Zé!
É simples: você só precisa selecionar os bairros que deseja (veja o mapa de bairros aqui), média de preços e o tipo de quarto. O resto não importa agora.
Bairros: Números pares têm fama de serem melhores, mas não é regra. Se você procura algo próximo ao centro (ou no máximo 20 minutos) vá de D1 até D8, no máximo.
Preços: coloque o seu limite máximo (por exemplo, 300 euros por mês). Você pode deixar o mínimo em branco.
Tipos de quarto. Agora sim, vamos lá:
– Single Room: quarto individual. Só você, mas geralmente mais caro.
– Double Room: quarto com cama de casal. Ideal pra casais.
– Twin Room: quarto com duas camas de solteiro. Fica mais barato, e se você conhece o indivíduo que vai dividir o quarto com você, excelente!
– Shared Room: vai dividir com uma pessoa ou mais, e aí, seja o que Deus quiser.
Sugestão, caso esteja apertado: double (mesmo que sejam 2 amigas) ou twin.
Selecionei single room até 300 euros por mês. Vamos ver… Pluft! Apareceram resultados:
Vou clicar no primeiro anúncio, que parece interessante: 300 por um quartinho single (só pra você) com parede vermelha :)
Cliquei, abriu:
Tem um monte de informação na página, mas se parar pra ver com calma, é tudo bem simples:
De início você tem as fotos do quarto e da casa. Logo abaixo você vê a descrição da casa. Vê o que acompanha, o que não acompanha (por exemplo, essa casa tem, atualmente, 2 pessoas).
Depois você tem acesso ao formulário de contato com o anunciante. Se for um nome, é geralmente a pessoa que está morando ou deixando o quarto. Se for um nome de empresa, aí é uma agência ou imobiliária que está gerenciando o anúncio.
Qual é a diferença?
Se for uma pessoa é mais informal. Ela provavelmente não terá poder de negociação (de valor), mas também tem menos burocracia.
Quando é uma agência, você provavelmente terá um contrato, mais formalidade, mas pra quem se sente mais inseguro, é a melhor opção.
Ao entrar em contato, pergunte quando você poderá visitar, etc. E se você já estiver seguro com inglês pode ligar e já tentar agendar. Geralmente as ligações surtem mais efeitos do que os e-mails.
Viu? É fácil e indolor. Sugiro fazer isso com vários anúncios e ter algumas perguntas-padrão, porque depois acaba sendo mais fácil de você comparar as opções que encontrou. Depois de ponderar as melhores, agende as visitas.
Dica: Agende visitas de locais próximos no mesmo dia, pra não ficar rodando a cidade e perdendo seu valioso tempo!
O Daft também tem apps para iPhone e Android, caso queira fazer buscas enquanto anda pela rua.
Onde morar em Dublin? (Tipos de Acomodação)
Hoje Edu e Mah respondem algumas questões sobre acomodação na Irlanda: Como procurar uma vaga? Por que anda tão difícil alugar? Qual o melhor bairro em Dublin? Quanto custa o aluguel na Irlanda?
Baixe gratuitamente nosso E-Book sobre Acomodação na Irlanda
Morar com estrangeiro é sempre a melhor opção?
Quando você sai de casa e se aventura rumo a um país desconhecido, a ansiedade e a incerteza são sentimentos que se misturam à liberdade e ao desejo de viver novas experiências de vida. No caso de um intercambista, ele terá somente duas certezas antes de entrar no avião: o país que estará indo e também a escola onde está matriculado.
Porém, existe um outro ponto fundamental que muitos se esquecem e que pode ser determinante para o sucesso dessa nova jornada: a moradia. E, pelo menos em Dublin, este tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos estudantes que desembarcam na terra dos leprechaus!
Muitos optam em dividir casa somente com estrangeiros para acelerar o processo de aprendizado do inglês, mas o choque cultural e o dia a dia dessa convivência forçada podem ser tanto positivos quanto negativos. Existem também muitas pessoas que acabam sendo fisgadas pelo coração. O E-Dublin entrevistou dois brasileiros com realidades bem distintas no que tange à convivência com os “gringos”, e como eles fizeram para se adaptar.
Problemas com as regras
No caso do estudante Leandro Armandi, de 29 anos, o principal problema ao dividir o quarto com um sueco era a falta de respeito quanto aos horários. Armandi estudava de manhã e trabalhava à tarde, então, tirava a noite para fazer o jantar (marmita) e sempre dormia mais cedo para estar descansado para o outro dia. Porém, o sueco só estudava na época, e mesmo assim, quase nunca ia às aulas. “Ele saía todos os dias à noite e voltava de madrugada para casa. Era raro o dia que não chegava bêbado. Se ele fosse dormir em silêncio não teria problema nenhum, porque não tenho nada com a vida dele, mas o problema é que ele entrava no quarto, ligava a luz e fazia o maior barulho”, relembra.
Se não bastasse o desrespeito com os horários, Armandi destaca que o rapaz era displicente no pagamento das contas da casa e também na organização. Como moravam em seis pessoas e o apartamento tinha três quartos, a cada semana, dois eram responsáveis pela limpeza geral do apartamento.“A semana dele era um verdadeiro tormento, pois sempre tínhamos que lembrá-lo de cumprir suas tarefas. Para ele, era perfeitamente normal deixar a louça para outro dia, e se ninguém lavasse podia ir acumulando até não ter mais nenhum utensílio para usarmos. Foi uma fase bem difícil”.
O fato é que existem os dois lados da moeda: os fatores positivos, como o intercâmbio de culturas e a aceleração no processo de aprendizado, e o peso dos costumes diferentes, que também podem ser um empecilho para a boa convivência. Morar com outras pessoas, sejam elas da sua nacionalidade ou não, é interessante para que você aprenda a conviver com gente que não é a sua família, é um processo de crescimento.
A rotina forçada vivida por Armandi mostra uma faceta que muitos de nós também esquecemos: as diferenças culturais! O que para nós, brasileiros, pode ser um insulto ou agressivo, para outras nacionalidades pode ser algo perfeitamente natural. Então, vale estudar com cautela as principais diferenças de cada nacionalidade antes de se mudar para uma residência com estrangeiros, já que existem hábitos de sua rotina ou cultura que podem incomodá-lo e vice-versa.
Mas e quando é positivo?
Por outro lado, a experiência de morar com estrangeiros tem sido positiva para o estudante Diego Santos. Ele atualmente mora com um casal de irlandeses e com um espanhol. Quando chegou em Dublin, morou por um tempo com cinco brasileiros, mas decidiu sair da casa porque sentia necessidade de estar em contato diário com o idioma. “O que eu aprendia era vendo filmes ou séries, porque só falávamos português”.
Ao achar uma vaga num aplicativo de moradia, foi selecionado pelo casal e se mudou para lá. Hoje, se diz totalmente adaptado. O mais interessante para ele é realmente a questão do aprendizado, pois deixou livre para que os outros moradores o corrigissem sempre que ele falasse algo errado. “Com isso, fui melhorando dia após dia. Foi a melhor coisa que podia ter feito por mim. Foi um investimento que dei a mim mesmo e não me arrependo de ter feito essa escolha, porque a experiência é positiva”.
Na realidade, a vida de um intercambista se baseia em diferentes adversidades que serão encontradas no meio do caminho, e também do aprendizado que podemos tirar de cada uma delas. Morar com “gringos”, assim como residir apenas com “brazucas”, proporcionará diferentes situações de convivência, tanto boas quanto ruins. O mais importante é estar aberto ao novo e ao inesperado, e tirar o melhor proveito desta nova realidade longe de casa.
Principais dúvidas sobre acomodação
Existe melhor época para achar acomodação em Dublin?
Quem mora em Dublin — ou está prestes a desembarcar por aqui para um período de estudos — certamente já reparou que encontrar um lugar para morar tem se tornado um grande desafio.
São poucas as ofertas de vagas, principalmente na região central da cidade, onde estão localizadas a maioria das escolas. Além disso, as condições das casas e apartamentos nem sempre condizem com os preços, que podem ser altíssimos.
Como a Irlanda vem atraindo cada vez mais estudantes de diversos países, o que se vê é um país despreparado para suprir a demanda por acomodações. É por esse motivo que chega a ser impossível prever uma melhor época para se encontrar acomodação nas grandes cidades do país, como Dublin ou Cork.Mesmo nos meses de verão, quando muitos universitários terminam seus cursos e retornam para casa, há um grande fluxo de novos estudantes desembarcando no país para iniciar seus estudos nos próximos meses.
De acordo com o jornal Irish Independent, o número de estudantes internacionais matriculados em cursos full-time no país triplicou na última década. E, para se ter uma ideia, quatro em cada dez estudantes estão localizados em Dublin.
Para Graham Love, chefe executivo do departamento de educação irlandês (HEA), existe atualmente uma preocupante falta de acomodação em Dublin e também em outras grandes áreas urbanas ao redor da Irlanda.
Entretanto, o HEA tem como meta continuar promovendo a Irlanda como um destino de estudos para estudantes estrangeiros. A estimativa do departamento é de que, até o fim do ano acadêmico de 2019/2020, o país conte com mais de 44 mil alunos internacionais.
A saga por uma vaga
Quem está procurando uma vaga sabe bem o estresse que isso pode significar. Basta uma breve visita ao portal Daft para se espantar com a qualidade de diversas vagas oferecidas e os preços astronômicos que são cobradas por muitas delas.
Um quarto individual, localizado bem no centro de Dublin, por exemplo, pode custar 700 euros por mês.
Já quem busca quartos compartilhados vai pagar um pouco menos, com preços a partir de 300 euros — e, muitas vezes, a realidade é dividir um cômodo pequeno com mais de uma pessoa.
Como a competição é grande, também é comum contatar a pessoa que está alugando a vaga e não obter resposta para o agendamento de uma visita, por exemplo.
E como o governo planeja resolver essa situação?
O que tem sido noticiado atualmente em Dublin é a construção de novas acomodações voltadas exclusivamente para estudantes. Estima-se que essas vagas comecem a ficar prontas para o ano letivo que se inicia em setembro.
Mas o que parece uma excelente notícia também tem outro lado, já que a estimativa de custo do aluguel nesses alojamentos estudantis parece assustadora.
Estima-se que um quarto single vá custar, em média, a fortuna de 920 euros por mês. Claro que versões mais simples estarão disponíveis, por, em média, 170 a 260 euros por semana.
Esses valores, sem dúvida, estão fora da realidade da maioria dos intercambistas que chegam por aqui para estudar inglês e que precisam trabalhar para obter uma renda extra.
Lembrando: aqui, as regras para estudantes internacionais preveem trabalho full-time (até 40 horas semanais) apenas nos meses de junho a setembro e de 15 de dezembro a 15 de janeiro.
Agora é aguardar para ver quais outras soluções serão propostas pelo governo e se essas opções iniciais desafogarão um pouco a concorrência.
Como é dividir casa na Irlanda – PCVV#107
A estreia do “PCVV na Minha Casa” visita a Mayara, o Peppe e a Michelle, que moram em Dublin e contaram pra gente como é dividir uma casa durante o intercâmbio na Irlanda.
Quer receber a gente na sua casa na Irlanda e mostrar como é seu dia a dia? Manda um e-mail lá pro [email protected]
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Cuidados na hora de procurar acomodação
Nove desafios ao buscar por uma acomodação em Dublin
Os planos de me mudar para Dublin demoraram alguns meses: encontrar a escola ideal, deixar as coisas resolvidas na minha cidade no Brasil e finalmente embarcar. Após tudo estar pronto para a nova vida, uma dúvida ainda pairava no ar e me deixava com aquele friozinho na barriga… como será minha moradia na capital irlandesa?
Muitos estudantes, como eu, fecham moradias temporárias em casas de conhecidos, famílias irlandesas ou residência estudantil. Mas, e depois? Como encontrar o lar ideal para seguir os planos adiante?
1. Cidade compacta para muita demanda
A capital irlandesa não é grande, por isso é preciso entender que existe pouco espaço para muita gente. São 1,8 milhão de pessoas (um número incerto, já que muitos estrangeiros chegam todos os dias na cidade), vivendo em 144 km² de território – para se ter uma ideia de comparação, São Paulo tem 1.521 km². É difícil? É! Mas posso dizer que tudo dá certo no final. Depois de quatro mudanças em três meses de vivência na cidade, finalmente encontrei o meu lugar. Como coração de mãe, em Dublin sempre cabe mais um.
2. Encontrar uma acomodação exigirá persistência
A primeira coisa a se fazer é buscar diariamente, hora a hora, uma nova vaga. Muitos grupos no Facebook de classificados brasileiros e de flatmates em Dublin me ajudaram. Também é possível buscar em sites de aluguel na cidade, como o Daft.ie. Outra saída é colocar bilhetes em busca de moradia no mural da escola e também conversar com os novos colegas de classe. O boca-a-boca ainda é uma ferramenta muito importante.
3. O processo pode ser muito frustrante
Encontrar uma casa é como buscar um novo emprego. Haverá muita gente interessada na vaga disponível e por isso é comum que exista uma seleção: as famosas entrevistas. Nesse momento, todos os moradores da casa se unem para conversar com os candidatos. Passei por algumas e o sentimento de insegurança é real. Será que vão gostar de mim? O que devo dizer? Como me vestir? Acabei optando por ser eu mesmo. Os moradores perguntam sobre hábitos, trabalho ou estudo, o que pretende fazer na Irlanda e até mesmo se você ronca.
4. Como saber se a acomodação é a ideal?
O ideal é que a casa seja um lar, onde todos se considerem uma família, pois estarão uma boa parte do tempo juntos. As entrevistas também me ajudaram a descobrir se a casa era realmente um ambiente ideal para mim. Pessoas menos festeiras podem querer um local mais calmo. Já quem curte festas o tempo todo, pode preferir um estilo mais “república de faculdade”.
5. As regras na convivência com desconhecidos
Algo que aprendi na experiência em diversas mudanças de casa, é entender o funcionamento dela, como revezamento de limpeza, contas mensais, espaço no guarda-roupa, armário da cozinha e geladeira. Isso evita surpresas, pois muitas vezes é possível encontrar problemas sérios após a mudança. Já me deparei com diversas regras diferentes, como lavar roupas após às 23h (pois a energia é mais barata de madrugada), eletricidade paga com crédito (igual os celulares), e o uso do boiler, um equipamento que serve para esquentar a água do banho.
6. Ter que eleger suas prioridades na hora de alugar
Sempre coloquei na ponta do lápis o custo-benefício em se viver o mais confortável, com o preço justo e uma distância razoável da minha escola. Dependendo da região, mudam-se os valores. A média é 400 euros mensais para dividir uma casa com 4 a 6 pessoas, 300 euros com oito pessoas e “single room” entre 500 e 800 euros, em áreas mais centrais.
7. Quando a sua única alternativa é a vaga temporária
As vagas temporárias também foram alternativas. Elas geralmente são abertas só alguns dias por moradores que disponibilizam suas camas por um tempo curto, com um preço mais acessível. Geralmente são mais fáceis de fechar negócio até que se encontre a vaga permanente, e ajuda quando a opção definitiva demora mais a acontecer. Existem também algumas vagas temporárias que se resumem a um cantinho no sofá da casa de algum amigo, etc. Não é a situação ideal, mas na fase de transição entre as primeiras semanas de intercâmbio e a acomodação definitiva, você talvez tenha que enfrentar esse desafio.
8. Ficar atento para não cair em golpes
Por ouvir relatos sobre alguns golpes, como falsos landlords ou flatmates, que simplesmente somem ao fechar negócio, fui atrás de conhecer de fato com quem estava lidando. Adicionei no Facebook, dei uma “stalkeada” para ver se não era um perfil falso, além de conversar e me informar sobre a escola que a pessoa estuda e o seu trabalho. Ter um recibo do depósito e uma testemunha que prove que você pagou também é importante.
9. Espaço conquistado, agora o desafio é a convivência
Olhando assim, você pode imaginar que as primeiras semanas na Irlanda serão de pura tensão, com a saga da acomodação. Para falar a verdade, pode ser um pouco sim. Infelizmente, a demanda de vagas no país, dado a viabilidade do visto, tem acarretado na falta de espaço. Encontrar uma acomodação passou a ser, de fato, um desafio.
Porém, você não é o único nessa jornada e dificilmente conseguirá evitá-la. Após esse processo e ao conseguir a vaga fixa, a vida começa a caminhar com mais tranquilidade. Já estou me acostumando com o mercado mais próximo, o trajeto até a escola ou trabalho, os pontos de ônibus e, o mais importante, a convivência entre quatro paredes.
Como dizem os irlandeses, o melhor modo de se viver é com a atitude “easy going”, ou seja, um bom camarada!
À procura de acomodação em Dublin? Todo cuidado é pouco
O E-Dublin tem como objetivo principal passar o máximo de informações para auxiliar o dia a dia dos intercambistas e viajantes na Ilha Esmeralda, especialmente em Dublin, certo?
No caso do intercambista, entre os diversos temas abordados, enfatizamos com frequência a necessidade da cautela quando o assunto é acomodação. Isso porque a realidade aqui pode ser um pouco diferente do esperado.
Mas calma, muita calma! Não deixe que isso estrague sua experiência aqui, ok? É preciso estar consciente de tudo para que não se sinta desanimado no meio do caminho.
AcomodaçãoA acomodação é, depois do dinheiro, uma das principais preocupações do intercambista — e falo por experiência própria.
Quando estamos no Brasil, ainda decidindo todos os pontos da chegada à Ilha, precisamos entrar em todas as comunidades existentes no Facebook, nos sites de locação e demais opções viáveis para tentar adiantar o processo de encontrar um lar em, no máximo, duas semanas.
Chegamos aqui e o que acontece? Percebemos que tudo é um pouquinho mais complicado do que parecia ser — e se não encontramos a bendita acomodação, entramos desespero.
Sim, desespero por entender que mais uma semana no hostel ou na acomodação estudantil significa mais de um mês de compras no supermercado ($$$). Você está no Brasil e não acredita nisso? Pode começar a acreditar, pois é uma realidade.
Em muitos casos, a pessoa paga até para dormir no sofá ou dividir uma casa de dois cômodos e um banheiro com mais de 10 pessoas! Sem contar, é claro, com as pegadinhas que muitos landlords (donos da casa) aprontam.
Ainda existem os muitos que se dizem landlords do imóvel quando, na verdade, administram a casa ou estão com o nome no contrato de locação como o verdadeiro proprietário. Esses últimos, geralmente, omitem essa informação e cobram a mais dos locatários, ganhando, assim, um extra para sua sobrevivência.
Certo ou não, aceitável ou não, é importante você saber que isso acontece e que você pode cair nessa situação. Então, previna-se investigando ao máximo.
Mas como evitar problemas na hora de alugar?
Bom, seguir o básico já ajuda muito. Ou seja, tentar conhecer bem as pessoas que vão morar com você, inclusive o landlord, ler o contrato do apartamento e ficar atento aos anúncios.
Se um mesmo imóvel continua aparecendo por muito tempo, vale a pena tentar conversar com as pessoas da casa para entender a razão de não fecharem a vaga ou de não conseguirem manter alguém fixo. Tudo isso já tira você de uma boa lista de possíveis enganações.
Outra dica importante é se precaver financeiramente e trazer mais do que o mínimo exigido pelo governo. Se, nas primeiras semanas, você não conseguir uma acomodação fixa, terá como pagar um pouco mais para ficar onde está e mais tempo para procurar com cautela a melhor oportunidade.
Pode parecer bobagem, mas isso fará com que você passe longe das ciladas, como falamos no início do artigo, o que vai mudar sua percepção sobre o intercâmbio.
Lembre-se de que você estará longe do seu país, das leis às quais você está acostumado e da sua família. Uma prevenção a mais nunca será um desperdício.
Proteja-se de golpes com acomodação em Dublin
Chegou à Irlanda há pouco tempo e já se assustou com golpes relacionados a acomodação relatados nos grupos de brasileiros do Facebook? Infelizmente, não se pode dizer que cem por cento dessas denúncias são mentiras — tem muita gente querendo passar a perna no outro. Mas, claro, não podemos generalizar.
Pessoalmente, acredito que existem muito mais pessoas de boa índole do que sem caráter. Porém, é preciso ficar atento aos negócios que for fazer por aqui.
Os casos de abusos envolvendo acomodações chegou a um ponto tão lamentável que, atualmente, existe uma investigação do governo irlandês em curso sobre o tema. O canal RTÉ expôs a situação recentemente neste documentário.
Superfaturamento das moradias
Os tipos de golpes aplicados aqui na Irlanda são variados. Um deles, bem comum, é o de pessoas que alugam um imóvel e depois sublocam vagas e quartos por um valor bem mais alto do que realmente pagam.
A sublocação não é legalizada aqui na Irlanda. E é cada história que a gente escuta por aí…
Aposto que muita gente se lembra da casa onde viviam mais de 70 pessoas — todos foram despejados quando a Garda e o proprietário descobriram.
Achar uma vaga para morar em Dublin anda complicado. A concorrência é grande, e esse mercado virou uma mina de fazer dinheiro fácil.
Quem já está aqui há mais tempo deve se lembrar dos preços pagos por um quarto há dois ou três anos e como era menor a burocracia e a concorrência.
Para quem já mora em Dublin, mesmo que precise aceitar o novo preço do mercado, fica mais fácil conseguir uma vaga com todas as referências exigidas hoje em dia.
Na Irlanda, os contratos de aluguel devem ser registrados junto ao governo. Isso garante que o reajuste dos valores pagos ocorra de acordo com as leis do país e que, caso alguma coisa aconteça, o inquilino e o proprietário tenham seus direitos assegurados.
Vagas que não existem
Outro golpe que andam aplicando por aí é o aluguel de vagas ou apartamentos que não existem. No desespero para achar um lugar para morar, muita gente confia demais em quem não conhece e cai nesse golpe.
Certifique-se de estar com as chaves antes de entregar seu dinheiro a um desconhecido e procure informações nos grupos do Facebook, pois eles são uma boa fonte de pesquisa para descobrir caloteiros e golpistas.
E, acima de tudo, não feche negócio sem um contrato.
Os golpistas pedem o pagamento do depósito para segurar a vaga e desaparecem com o seu dinheiro.
Depósitos não devolvidos
O pagamento do depósito caução é muito comum aqui na Irlanda. O depósito, geralmente, corresponde a um valor do aluguel, pago de forma antecipada, que será uma segurança para o proprietário, caso o inquilino não devolva o imóvel em bom estado.
Esse valor é devolvido quando o inquilino deixa o apartamento, ao final do período de locação.
Porém, o que estamos vendo por aí é muita gente ficando sem o depósito ou precisando recorrer aos órgãos públicos para conseguir ter de volta esse valor.
Muitas vezes, os proprietários não dão recibo nem mencionam o valor pago em contrato. Aí, na hora de devolver, descontam coisas que nunca mencionaram antes, contas indevidas, etc.
Outras vezes, a pessoa que sublocou a vaga quer mesmo o dinheiro e você vai precisar ficar na cola dela até recebê-lo.
A sublocação é ilegal e, em geral, não se faz contrato nessa prática. A forma de se garantir é tendo provas de que você realmente pagou aquele valor e de que o apartamento foi devolvido nas mesmas condições.
Não deixe de conferir, também, o e-book que o E-Dublin preparou sobre Acomodação, com informações detalhadas sobre a situação atual no país, opções de moradia, valores médios, diferenças entre as regiões da cidade e tudo que você precisa saber pra chegar aqui bem mais informado. Clique aqui para baixar gratuitamente!
Formas alternativas de acomodação
Já pensou em morar em um trailer durante o intercâmbio?
Você já se imaginou morando em um trailer? Essa foi a opção de moradia alternativa encontrada pela publicitária Adriana Garcia, de 31 anos, e o tecnólogo em logística Tiago Thetinski, de 25 anos, ambos gaúchos. Os dois estão na Irlanda desde 2014 e hoje vêm compartilhar com os leitores do E-Dublin os prós e contras de se aventurar em uma moradia alternativa durante o intercâmbio na Europa.
Por Adriana Garcia & Tiago Thetinski
Colaboração: Fabiano de Araújo
Nós nos conhecemos em Dublin logo que chegamos na cidade e hoje moramos juntos em um trailer. Estamos na Irlanda há mais ou menos um ano e meio, e escolhemos fazer intercâmbio aqui por ser um país no qual o custo x benefício vale muito a pena, além de, claro, ser uma das portas de entrada para outros países da Europa. Isso nos possibilitou conhecer outros lugares, o que também explica o motivo de hoje morarmos em um trailer.
Bom, quando se pensa em realizar um intercâmbio, logicamente uma das nossas primeiras dúvidas é: Onde morar? Casa ou apartamento? Região central ou afastado do centro? Quanto custa? E por aí vai…
Quando o assunto é moradia, muitas dúvidas vão surgindo no meio do caminho. Mas uma alternativa que o Tiago pensou, logo de cara (inclusive bem ousada), foi morar num trailer, ou caravan, como eles chamam aqui na Irlanda. Bem, como assim em um trailer? Calma, calma. A gente vai explicar tudinho.
Aqui na Irlanda é muito comum você ver caravans nos pátios das casas. Durante o verão, essa é uma tradicional opção de viagem dos irlandeses, tanto dentro da Irlanda, como para outros países. Existem em Dublin alguns locais chamados “caravan site” ou “campsite”, locais de parada para os trailers, em regiões mais afastadas do centro da cidade. Em toda a Irlanda, existem ótimos parkings para caravans e motorhomes, tudo bem seguro e com vários serviços inclusos.
Agora, você deve estar se perguntando “onde de fato vocês estacionam a caravan?”. A solução no nosso caso foi encontrar uma casa com pátio, para que pudéssemos estacionar nosso trailer. Assim não ficaríamos na rua (pois estacionar um trailer na rua não é permitido aqui). Também poderíamos usar o banheiro, a cozinha e a luz da casa (apesar do nosso trailer ter tudo isso). Ah, logicamente também entramos na divisão das outras contas da casa.
Claro que achar uma casa que aceite um trailer e também aceite o pagamento apenas do “estacionamento mensal” dele não é tarefa fácil, porém não é impossível.
As vantagens de se morar em um trailer começam pelo fato de que não estamos propriamente dentro da casa. Temos uma liberdade bem maior. Outro ponto é, comparado com muitos dos quartos disponíveis x preço de aluguel em Dublin, nosso trailer tem mais espaço interno e nos traz mais conforto (temos um banheiro com pia, fogão, pia de cozinha, refrigerador, heater a gás, entre outras coisas).
Quanto à temperatura interna, é bem agradável. Não é frio – mas sempre com a ajuda de um aquecedor, que se faz importante em dias de temperaturas muito baixas. Além do mais, é só engatar ele no carro, e temos a opção de levar “nossa casa” para onde quisermos quando viajamos, e não precisamos pagar acomodação por isso, pois já temos a nossa própria. Precisamos apenas encontrar um parking adequado e pagar a estadia do trailer, que não é cara, quando você lembra que não precisa dividir o quarto com outras pessoas num hostel, por exemplo.
É importante ressaltar que o nosso trailer é de engate e reboque. Como o Tiago trabalha com carro aqui, esse foi mais um dos motivos que nos levou a ter esse modelo.
Custo x Benefício
Mas então, quanto custa um trailer na Irlanda? Você irá encontrar trailers de vários preços, partindo de 800 euros até 30 mil euros, em média. Tudo vai depender do quanto você pode investir. E o pagamento é em dinheiro, sem choro e sem parcelas. Mas uma negociação no preço pode te dar um bom desconto.
Agora, vamos aos cálculos: se, por exemplo, um casal gasta em média 500 euros mensais em aluguel, isso totaliza no final de um ano 6000 euros. Mas com 2.500 euros você encontra ótimas opções de trailers à venda no site Donedeal, por exemplo.
Mas é preciso lembrar que morar em um trailer também nem sempre é fácil. Você terá que aprender a lidar com as palavras desapego e limitação de espaço diariamente. Você irá refazer seu conceito de casa. Além de, a partir do momento que você resolve morar em um trailer, ter a plena consciência que ele não funciona exatamente igual a uma casa tradicional.
Se algo estragar, você mesmo terá que consertar ou pagar um preço, nem sempre amigável, por isso. E você também vai descobrir que não consegue comprar uma simples torneira, por exemplo, em qualquer loja. Todos os itens internos do trailer são bem específicos para ele. Outro ponto chato é que em dias que o trinômio chuva/frio/vento estiver trabalhando full time, sair do seu trailer quentinho poderá ser um verdadeiro martírio (lembre-se que o nosso está em um pátio). Nesse caso, atravessar o pátio com chuva, frio e vento é quase uma missão impossível. Mas com certeza não nos arrependemos desta escolha. Foi uma opção que nos mostrou como é bom fazer algo diferente do comum.
Aprendemos que, o nosso conceito de casa de concreto pode, sim, ser substituído por uma residência móvel. E que não dependemos de uma casa propriamente dita para nos sentir em nosso lar. Viver em um trailer é um estilo de vida que cada dia que passa vicia mais! E o melhor de tudo, se você quiser, você pode abrir a janela e ver o nascer do sol de vários lugares diferentes. A cama é a mesma, o que muda é a paisagem.
Saiba mais sobre o dia a dia da Adriana e do Tiago lá no Facebook, em A Turma do Trailer.
A série Meu Intercâmbio conta com a colaboração do repórter Fabiano de Araújo e tem o objetivo de dar oportunidade a estudantes que estão vivendo a experiência de intercâmbio na Irlanda, de contar suas histórias, alegrias e perrengues como intercambistas. Se você também quer compartilhar como tem sido a sua nova vida desse lado do globo, basta entrar em contato com: [email protected]
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