Novidades sobre visto de trabalho para chefs na Irlanda

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Rubinho Vitti

6 anos atrás

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A RAI (Associação de Restaurantes da Irlanda) anunciou recentemente que o país está com carência de chefs de cozinha e está tentando, junto ao governo, que o visto de trabalho para chefs de cozinha no país fique mais fácil.

Por ser um país turístico, a Irlanda possui uma quantidade enorme de estabelecimentos gastronômicos e, por isso, a mão de obra neste setor é gigantesca. Mas desde 2016, o país vem enfrentando problemas para suprir essa demanda e, segundo as últimas notícias, existem atualmente 8 mil vagas em aberto para cozinheiros profissionais no país.

Irlanda está em busca de 8 mil cozzinheiros profissionais para suprir carência no setor, visto de trabalho para chefs deve ser facilitado. Foto: Marian Vejcik /Dreamstime

Irlanda está em busca de 8 mil cozinheiros profissionais para suprir carência no setor, visto de trabalho para chefs deve ser facilitado. Foto: Marian Vejcik /Dreamstime

Mão de obra local não dá conta

De acordo com a RAI, são 1.800 chefs formados na Irlanda todos os anos que estão aptos a entrar no mercado de trabalho, mas seriam necessários mais 3.200 para suprir a necessidade anual do país.

Com a crise, a RAI, em parceria com o governo irlandês, está tentando liberar visto de trabalho para chefs não europeus, permitindo que estrangeiros também possam ter acesso ao visto, que hoje é permitido apenas para outras categorias profissionais.

Restaurantes recrutam chefs europeus

Visto de trabalho para chefs: Chefs da Europeusa já estão sendo recrutados para trabalhar na Irlanda e a expectativa é contratar não -europeus também. Foto: Stockyimages/Dreamstime

Visto de trabalho para chefs: Chefs da Europa já estão sendo recrutados para trabalhar na Irlanda e a expectativa é também contratar não europeus. Foto: Stockyimages/Dreamstime

A organização afirmou que, nos últimos dois meses, 100 chefs italianos foram trazidos para trabalhar na Irlanda e a expectativa é aumentar este número para 500 até o final do ano. O grupo ainda pretende procurar por cozinheiros profissionais na Croácia e em outros países europeus, já que estes não precisam de um visto de trabalho para trabalhar legalmente na Irlanda.

Porém, os chefs provenientes da União Europeia não seriam suficientes para suprir a demanda, já que a Europa é um continente turístico e muitos preferem trabalhar em seus países de origem. Por isso mesmo, a RAI está tentando uma saída junto ao governo para conseguir facilitar o visto de trabalho para chefs de cozinha que sejam nativos de outros países, porém está encontrando dificuldades.

Chefs estrangeiros podem trabalhar?

A saída para alguns restaurantes é apostar na lei que permite que chefs estrangeiros possam trabalhar em restaurantes étnicos. Porém, este número é controlado pelo Estado. Segundo a RAI, em 2017, 220 chefs não europeus foram contratados em restaurantes irlandeses.

Visto de trabalho para chefs: rRestaurantes étnicos já podem contratar chefs não europeus. Foto: Arne9001/Dreamstime

Visto de trabalho para chefs: Restaurantes étnicos já contratam chefs não europeus. Foto: Arne9001/Dreamstime

Facilitação de visto de trabalho para chefs ainda é impasse

A associação se diz desapontada com o governo por não ver um auxílio válido para permitir que pessoas de outras partes do mundo possam trabalhar legalmente como chefs de cozinha na Irlanda, mas tem esperança de que o visto de trabalho para chefs de todo o mundo seja liberado o quanto antes. Por isso, é bom que os profissionais fiquem atentos a possíveis mudanças.

Segundo pesquisa do órgão, 84% dos proprietários de restaurantes na Irlanda veem a escassez de mão de obra como um problema no país.

Salários na Irlanda chegam a 70 mil euros anuais

De acordo com a RAI, o salário dos chefs depende de sua posição dentro do estabelecimento e podem variar de 30 a 45 mil euros por ano, chegando a 70 mil euros para os head chefs, responsáveis por toda a cozinha.

Experiência dinâmica

Muitos brasileiros atualmente trabalham em restaurantes na Irlanda. São diversas as funções em que atuam, mas poucos conseguem o tão sonhado posto de chef.

A estudante Fernanda Gonçalves começou como ajudante de cozinha e conseguiu subir de cargo depois de alguns meses de trabalho. Com o bom desempenho, acabou se tornando commis chef, um cargo abaixo do sous chef e do chef principal.

“Eu esperava chegar a uma posição melhor, pois vejo que as pessoas crescem dentro desta área”, disse. Ela contou que um dos colegas começou como kitchen porter sem saber inglês e, em quatro anos, foi crescendo na empresa, chegando ao cargo de chef. “Trabalhar na cozinha é muito dinâmico, mas é para quem gosta, pois a pressão é muito grande”, afirmou.

Imagens via Dreamstime
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Rubinho Vitti, Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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