O arquiteto que uniu Dublin e Rio de Janeiro através da arte e da engenharia
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Poucos sabem que duas das estruturas mais emblemáticas de continentes diferentes – o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e as pontes Samuel Beckett Bridge, em Dublin — foram criadas pelo mesmo arquiteto: Santiago Calatrava, um dos nomes mais influentes da arquitetura moderna.
Espanhol, nascido em Valência em 1951, Calatrava é formado em arquitetura e engenharia civil, o que explica sua capacidade singular de combinar estética arrojada e soluções técnicas complexas.
Suas obras, muitas vezes descritas como esculturas habitáveis, exploram o equilíbrio entre arte, ciência e movimento.
O Museu do Amanhã: ciência, sustentabilidade e poesia visual


Museu do Amanhã, no, Rio de Janeiro, criação do arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Foto: Wikimedia Commons/Mariordo (Mario Roberto Durán Ortiz)
Inaugurado em dezembro de 2015 na zona portuária do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã rapidamente se tornou um dos cartões-postais mais reconhecíveis da cidade.
Encomendado pela Fundação Roberto Marinho em parceria com a Prefeitura do Rio, o projeto foi concebido como um “museu de ciências do futuro” — um espaço voltado para reflexões sobre sustentabilidade, tecnologia e o destino da humanidade.
Sua arquitetura expressa esses conceitos de forma simbólica. O edifício lembra uma nave orgânica, com brises móveis que se abrem e fecham de acordo com a posição do sol, permitindo o controle térmico natural.
O sistema de refrigeração utiliza água retirada e devolvida à Baía de Guanabara, e grande parte da energia elétrica é gerada por painéis solares instalados na cobertura. Essa integração entre estética e função tornou o museu um ícone mundial da arquitetura sustentável.
A poesia estrutural em Dublin


Beckett Bridge é uma das pontes mais icônicas de Dublin, na Irlanda. Foto: Rubinho Vitti
Antes do sucesso no Brasil, Calatrava já havia deixado sua marca na Irlanda com a Samuel Beckett Bridge, inaugurada em 2009.
Conectando as margens norte e sul do rio Liffey, a ponte foi batizada em homenagem ao escritor irlandês vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. Sua forma remete a uma harpa celta, símbolo nacional da Irlanda, com cabos que lembram as cordas do instrumento.
Mais do que um símbolo estético, a ponte é uma proeza de engenharia: seu tabuleiro pode girar até 90 graus para permitir a passagem de embarcações — um movimento elegante que reflete a visão cinética presente em muitas obras de Calatrava. À noite, a iluminação realça suas curvas brancas e cria um espetáculo visual no coração de Dublin.
James Joyce Bridge


Mais simples, porém não menos importante, a James Joyce Bridge também foi criada por Santiago Calatrava. Foto: Rubinho Vitti
Ela foi inaugurada em 2003, alguns anos antes da Beckett, e atravessa o rio Liffey na região central da cidade, próxima ao Museum of Decorative Arts & History e ao bairro de Smithfield. O nome é uma homenagem ao escritor irlandês James Joyce, e a ponte foi estrategicamente posicionada em frente à casa onde se passa o conto The Dead, uma das obras mais célebres de Joyce.
A James Joyce Bridge é mais discreta que a Beckett, mas mantém o estilo elegante e leve característico de Calatrava: é feita de aço e vidro, com um formato assimétrico e linhas que parecem em suspensão.
Ou seja, Dublin abriga duas obras assinadas por Santiago Calatrava, ambas homenageando grandes nomes da literatura irlandesa — James Joyce e Samuel Beckett — e simbolizando a ponte entre tradição e modernidade que marca tanto a cidade quanto o trabalho do arquiteto.
Um arquiteto entre a arte e a engenharia


Santiago Calatrava é um renomado arquiteto espanhol. Foto: Wikimedia Commons/Wilson Center
Santiago Calatrava assina obras em diversos países, incluindo a Ópera de Valência, o Museu de Arte de Milwaukee, o Turning Torso (em Malmö, Suécia) e a Estação do World Trade Center, em Nova York.
Em todas elas, há uma busca constante por leveza, harmonia e inovação técnica. Sua estética orgânica é inspirada em formas naturais, no corpo humano e no movimento das asas de pássaros, algo que o próprio arquiteto descreve como “engenharia poética”.
Um diálogo entre continentes
O Museu do Amanhã e a Beckett Bridge são exemplos de como Calatrava cria obras que transcendem a função arquitetônica para se tornarem expressões culturais e simbólicas.
Em Dublin, sua ponte evoca a tradição e a literatura irlandesas; no Rio, seu museu projeta um olhar otimista e sustentável para o futuro.
Em ambos os casos, a marca de Calatrava é inconfundível: um convite a olhar para o amanhã com imaginação, elegância e propósito.
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