Onde morar na Irlanda? Capital ou no Interior
5 anos atrás
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Não vendemos pacotes e nem somos agência,
mas podemos te colocar em contato com elas.
Você está de olho nas oportunidades de intercâmbio e pensando em melhorar o inglês na Irlanda? Já pensou em morar no interior? Cidades como Galway, Limerick, Cork e Bundoran, entre outras, já estão entre as alternativas de brasileiros que querem estudar no país, que cada vez mais tem aberto as portas para estrangeiros.
Embora a capital Dublin ainda seja o principal destino entre os brasileiros, entre os motivos que levam os estudantes ao interior estão o custo, estilo de vida, a presença menor de conterrâneos e até mesmo a busca por um pouco mais de tranquilidade ou uma vida mais simples, além da imersão cultural 100% que as cidades menores proporcionam.
Dublin, crise imobiliária e muitos brasileiros
Não dá para contestar, capital é capital. Efervescente, multicultural, animada. Esses são apenas algumas características da capital, Dublin. Seduzidos pelos pubs, pelo tamanho da cidade e boa reputação como um dos destinos com ótima qualidade de vida da Europa, a cidade erguida pelos vikings atraiu e continua atraindo muitos estudantes interessados em aprender inglês.
No entanto, a busca pela cidade irlandesa também acarretou em um número massivo de brasileiros, tanto nas salas de aulas, quanto nas ruas. Escutar o bom e sonoro português passou a ser uma realidade incontestável, chegando a incomodar a quem desembarca no país buscando a imersão na língua estrangeira. O mesmo incômodo se estendeu pelas salas de aulas, já que em boa parte das escolas de línguas, o número de brasileiros supera qualquer outra nacionalidade. Resultado? Dublin, apesar de muito atrativa, passou a ser questionável.
Outro fator preocupante é a moradia. Não apenas pelo número crescente de estudantes na capital Dublin, mas também de profissionais em setores como TI e farmacêutica, dentre muitas outras, que começaram a pipocar no país para abocanhar vagas nas multinacionais instaladas no país. A movimentação tem sido incrível, a oportunidade de interagir com gente do mundo inteiro também, porém a cidade inflou e a busca por um lugar ao sol, com aquela cara de cantinho para chamar de seu virou uma saga. Chegando ao ponto de até mesmo os irlandeses terem problemas para encontrar casas para alugar.
A boa notícia é, se você é um desses estudantes que prefere correr dos conterrâneos para garantir a imersão no idioma, outros destinos começaram a imergir como opções e muitas delas, tão atrativas quanto a capital, só que, com outros interesses particulares. É sobre esses destinos que vamos explorar neste texto.
Dublin é eleita uma das 10 melhores cidades do mundo para se morar
De acordo com o Relatório Anual da consultoria, realizado com expatriados europeus ao redor do mundo, Dublin retorna ao topo da lista em 2018 após ter perdido a posição no ano anterior devido a problemas de falta de moradia.
A pesquisa classifica cidades do mundo inteiro com base em vários fatores de habitabilidade, como por exemplo: a disponibilidade de serviços de saúde, moradia e serviços públicos, acesso a opções de lazer e entretenimento, infraestrutura, tensões políticas, qualidade do ar, entre outras. Segundo o relatório final, Dublin empatou em nono lugar, ao lado de Luxemburgo e Gotemburgo.
Isso coloca a capital irlandesa à frente de cidades como Zurique (14), Viena (17) e Edimburgo (19), mas atrás das principais cidades como Copenhague e Berna, e Genebra, que ocupam, respectivamente, o topo da lista. No total foram avaliadas 480 cidades em todo o mundo.
O relatório destaca que Dublin oferece um elevado nível de qualidade de vida para expatriados europeus, além da melhoria em setores como infra-estrutura, e saúde. A pesquisa também retorna uma opinião geral de que os expatriados se sentem mais seguros em Dublin depois de escurecer do que em muitas outras cidades.
Ao redor do mundo
O Reino Unido não obteve um desempenho muito bom na pesquisa, apenas Edimburgo, capital da Escócia está no top 20, com a 19ª posição no ranking. Londres e Glasgow ficaram com a 49ª e 57ª posição, respectivamente.
Fora da Europa, Toronto, no Canadá, é considerada uma das melhores cidades para se viver, de acordo com os expatriados europeus entrevistados na pesquisa.
Camberra e Wellington na Austrália também oferecem boa qualidade de vida para imigrantes europeus. Já na Ásia, Singapura é a cidade favorita dos expatriados e a única do continente a ocupar uma posição entre as 100 primeiras.
De acordo com o relatório, nenhuma cidade da América do Sul figura entre as 100 primeiras posições do ranking.
Custo de vida
Apesar de ocupar o topo do ranking mundial de melhores cidades para se viver, Dublin também é eleita uma das 100 cidades mais caras do mundo, segundo o relatório de custo de vida divulgado pela ECA International em 2018.
Dublin avançou 48 posições na pesquisa, pulando para o 72º lugar no último ano. Assim, atualmente o custo de vida na capital irlandesa chega a superar o de cidades como Dubai e a região do Vale do Silício, em São Francisco.
Segundo o ranking, Caracas, na Venezuela é a cidade mais cara do mundo, isso se deve ao elevadíssimo índice de inflação e à instabilidade política. As cidades suíças Zurique, Genebra, Basel e Berna, completam o top 5 no ranking custo de vida.
Como Dublin é dividida? Regiões da cidade
A cidade de Dublin é dividida em 21 regiões postais. Talvez a forma mais próxima de divisão que temos no Brasil seja a das subprefeituras de São Paulo, ou seja, divisões da cidade para descentralizar o poder e também para facilitar o gerenciamento das atividades governamentais, a distribuição de cartas por centrais do correio e coisas do tipo.
Para nós, pobres mortais que não conseguimos lembrar os difíceis nomes dos bairros, todos derivados do gaélico, essas divisões cumprem bem o papel de nos situar em Dublin.
Vendo o mapa abaixo já podemos começar a entender. Nele reparamos que os números ímpares estão no lado norte da cidade enquanto todos os pares, no lado sul.
Dublin 1 e 2 são o centro da cidade (City Centre), onde ficam a famosa O’Connell Street e seu Spire. Como podemos notar, o centro não fica literalmente no centro, mas a leste da cidade, pois toda grande cidade é fundada próxima ao mar ou a um grande rio. Assim, o centro de Dublin fica ao lado do Irish Sea e do Rio Liffey.
As regiões 3, 4, 6, 7, 8 e 9 são consideradas centrais, e dependendo de onde você estiver, poderá chegar à O’Connell − marco zero da cidade, localizada em Dublin 1 − numa caminhada de, aproximadamente, 10 minutos.
O porto mais importante de Dublin é o de Dun Laoghaire (pronuncia-se Dan Lerry), única região da cidade que não é divida por um número.
Dica importante: Quando você estiver preenchendo formulários na internet e estiver escrito “Post Code“, escreva “Dublin 1” , “Dublin 2”, “Dublin 3”, etc. Claro que sempre levando em consideração o local onde você está morando.
Muitos leitores acabam tendo dúvida de onde morar, pois além de não conhecerem muito bem os Post Codes ou regiões, não fazem ideia dos bairros mais seguros ou menos seguros de Dublin. Pensando nisso, resolvemos dar uma mãozinha e compartilhar algumas dicas sobre lugares mais ou menos adequados para morar com algumas breves explicações sobre o que lhes dá o rótulo de “bom” ou “mal” lugar.
Diz-se que os bairros pares são os mais nobres de Dublin, uma vez que os ímpares são considerados mais afastados e periféricos. Aqui, “periferia” carrega o mesmo sentido pejorativo a que estamos acostumados no Brasil, no entanto, deve-se ressaltar que os tipos de “violência” daqui nem se comparam aos que estamos acostumados.
Sendo assim, uma das regiões a serem evitadas é a Summerhill, em Dublin 1. Há quem goste de lá, por ser pertíssimo da O’Connell e da agitação do centro, mas deve-se levar em consideração o fato de que ocorrem muitos furtos e ataques feitos pelos irlandeses com situação financeira inferior. Eles não costumam gostar muito de nós, estrangeiros, porque eles crescem com a ideia de que viemos para cá para roubar o emprego deles. Logo, não têm a menor simpatia conosco, pelo contrário!
Com relação aos lugares mais tranquilos e abonados; podemos dar como exemplo não só as áreas pares da cidade como também os bairros onde moram as pessoas mais ricas. Malahide é um exemplo. Basta dar uma olhada no DAFT.ie para ter ideia do poder aquisitivo dos irlandeses que moram por lá.
Como nada é constante, a nossa dica final é que pesquisem sempre antes de decidir onde irão morar, pois um lugar que antes era considerado seguro, pode estar inseguro, e vice-versa.
Onde morar em Dublin?
Morar longe do centro de Dublin? E por que não?
Chegamos em Dublin no mes de janeiro para o nosso intercâmbio de um ano. Sempre fomos muito regrados no quesito financeiro e conseguimos juntar nosso dinheiro no Brasil de forma que pudéssemos ficar na Irlanda até terminar o nosso curso de seis meses. A partir daí, permaneceríamos no país por mais seis meses somente no caso de algum emprego aparecer.
Após dois meses morando no centro de Dublin e sem ter aparecido nenhuma oportunidade de emprego, percebemos que o nosso dinheiro não duraria até o término de nossos cursos. Foi aí que decidimos procurar um lugar mais barato para morar.
Procuramos bastante e encontramos um quarto gigante em Portmarnock, uma cidade costeira que fica basicamente entre Howth e Malahide. A casa possuía quatro quartos sendo que um deles era do irlandês, dono da casa. Os demais quartos estavam disponíveis. Ficamos com o quarto maior por € 400/mês com todas as contas inclusas. Foi uma bela economia, considerando que pagávamos € 600/mês por um quarto de casal muito pequeno em Smithfield, Dublin 7 e mais contas que davam em torno de € 80/mês, para nós dois.
Como eu (Carolina) já tinha que pegar ônibus para ir à escola, o fato de sair do centro não fez diferença em termos de gastos com transporte. A diferença foi só pro Victor que passou a pegar ônibus quatro dias na semana.
Prós em morar mais afastado do centro da cidade
Assim que nos mudamos, percebemos que éramos atrações no local rs. As pessoas nos viam e, percebendo que não éramos irlandeses, nos cumprimentavam todos felizes e na maioria das vezes perguntavam de onde viemos. Chegava até a ser engraçado! Acabou sendo um fato positivo, pois com isso, falávamos bem menos português morando lá, bem diferente do nosso dia-a-dia no centro onde até no mercado a gente não precisava se esforçar muito no inglês.
Sem contar que a experiência de morar na praia em meio aos irlandeses de classe média-alta foi bem interessante. As casas da região são lindas e enormes. Bem diferente do centro de Dublin, mais popular e comum aos imigrantes. E o mais legal de morar por lá era quando fazia um solzinho e a gente já descia pra praia, que ficava a duas quadras de casa. Uma maravilha!
Valeu a pena deixar a comodidade do centro, devido à proximidade da escola, para ter uma qualidade de vida melhor. Mais espaço, mais contato com a cultura irlandesa e tudo mais.
Contras
A região conta com apenas um mercado, o Dunnes, que por sorte, tem os preços muito próximos dos mercados do centro. Porém, alguns produtos nós só consumimos da marca Tesco, então tínhamos que ir no mercado do centro e encher a mochila em dias de aula pra voltar pra casa.
Para se divertir, só existe um pub e uma balada com preços coerentes às baladas e pubs tipicamente frequentados por irlandeses (nada se compara à Diceys, claro! rs). Quando a gente queria uma opção diferente de entretenimento, tínhamos que ir pra Malahide ou pra Howth, já que não dava para curtir uma balada ou um pub à noite no centro de Dublin e depois voltar para a casa, devido aos horários dos ônibus da região. A única saída era contar com o sofá do amigo da escola.
Eu estudava apenas três dias na semana e o Victor quatro. Nos dias de aula, tínhamos que enfrentar 40min de ônibus até o centro e na volta para a casa, a mesma coisa. Foi tranquilo, pois já estávamos acostumados com isso, uma vez que em São Paulo, onde morávamos, ficar 40 minutos no transporte público era a nossa rotina. E o wi-fi do ônibus daqui salva, né? Com relação ao custo, sempre utilizamos o Leap Card de 30 dias (€ 100.00)
A distância dos amigos foi um fator complicado, mas como o foco era ter dinheiro para concluirmos os nossos cursos, tivemos que superar.
Recomendações
Não recomendaríamos para uma pessoa sozinha e que não tem facilidade de fazer novas amizades, pois lá ela se sentiria muito sozinha. A não ser que por um período curto, para economizar uma grana, como fizemos. Por outro lado, pessoas que querem vivenciar a cultura irlandesa no dia-a-dia devem sim evitar as regiões centrais da cidade, onde se concentram muitos imigrantes.
Não optamos por morar longe para esse fim, mas acabamos descobrindo uma forma de evitar os brasileiros e praticar mais o inglês, já que por lá, por ser uma região mais privilegiada e distante, a maioria dos moradores são irlandeses. Para quem vive no centro acaba-se convivendo com uma rotina muito mista, mais próxima da dos estrangeiros e turistas e não exatamente dos irlandeses.
Conclusões
A mudança fez bastante diferença no nosso orçamento então podemos dizer que realmente valeu a pena! Ainda mais que depois o Victor arrumou um emprego em Malahide (5 min de ônibus de casa). Além nisso, o nosso inglês deu uma boa melhorada, uma vez que o contato com os nativos era muito mais constante.
No entanto, vale citar também, que até encontrarmos a casa em Portmarnock procuramos bastante nos sites imobiliários e muitos dos valores, mesmo longe do centro eram bem semelhantes, então vale também persistência ao procurar por acomodação, por que nem sempre o fato da casa ser mais afastada, significará economia no aluguel.
Desafios de encontrar acomodação em Dublin
Os planos de me mudar para Dublin demoraram alguns meses: encontrar a escola ideal, deixar as coisas resolvidas na minha cidade no Brasil e finalmente embarcar. Após tudo estar pronto para a nova vida, uma dúvida ainda pairava no ar e me deixava com aquele friozinho na barriga… como será minha moradia na capital irlandesa?
Muitos estudantes, como eu, fecham moradias temporárias em casas de conhecidos, famílias irlandesas ou residência estudantil. Mas, e depois? Como encontrar o lar ideal para seguir os planos adiante?
1. Cidade compacta para muita demanda
A capital irlandesa não é grande, por isso é preciso entender que existe pouco espaço para muita gente. São 1,8 milhão de pessoas (um número incerto, já que muitos estrangeiros chegam todos os dias na cidade), vivendo em 144 km² de território – para se ter uma ideia de comparação, São Paulo tem 1.521 km². É difícil? É! Mas posso dizer que tudo dá certo no final. Depois de quatro mudanças em três meses de vivência na cidade, finalmente encontrei o meu lugar. Como coração de mãe, em Dublin sempre cabe mais um.
2. Encontrar uma acomodação exigirá persistência
A primeira coisa a se fazer é buscar diariamente, hora a hora, uma nova vaga. Muitos grupos no Facebook de classificados brasileiros e de flatmates em Dublin me ajudaram. Também é possível buscar em sites de aluguel na cidade, como o Daft.ie. Outra saída é colocar bilhetes em busca de moradia no mural da escola e também conversar com os novos colegas de classe. O boca-a-boca ainda é uma ferramenta muito importante.
3. O processo pode ser muito frustrante
Encontrar uma casa é como buscar um novo emprego. Haverá muita gente interessada na vaga disponível e por isso é comum que exista uma seleção: as famosas entrevistas. Nesse momento, todos os moradores da casa se unem para conversar com os candidatos. Passei por algumas e o sentimento de insegurança é real. Será que vão gostar de mim? O que devo dizer? Como me vestir? Acabei optando por ser eu mesmo. Os moradores perguntam sobre hábitos, trabalho ou estudo, o que pretende fazer na Irlanda e até mesmo se você ronca.
4. Como saber se a acomodação é a ideal?
O ideal é que a casa seja um lar, onde todos se considerem uma família, pois estarão uma boa parte do tempo juntos. As entrevistas também me ajudaram a descobrir se a casa era realmente um ambiente ideal para mim. Pessoas menos festeiras podem querer um local mais calmo. Já quem curte festas o tempo todo, pode preferir um estilo mais “república de faculdade”.
5. As regras na convivência com desconhecidos
Algo que aprendi na experiência em diversas mudanças de casa, é entender o funcionamento dela, como revezamento de limpeza, contas mensais, espaço no guarda-roupa, armário da cozinha e geladeira. Isso evita surpresas, pois muitas vezes é possível encontrar problemas sérios após a mudança. Já me deparei com diversas regras diferentes, como lavar roupas após às 23h (pois a energia é mais barata de madrugada), eletricidade paga com crédito (igual os celulares), e o uso do boiler, um equipamento que serve para esquentar a água do banho.
6. Ter que eleger suas prioridades na hora de alugar
Sempre coloquei na ponta do lápis o custo-benefício em se viver o mais confortável, com o preço justo e uma distância razoável da minha escola. Dependendo da região, mudam-se os valores. A média é 400 euros mensais para dividir uma casa com 4 a 6 pessoas, 300 euros com oito pessoas e “single room” entre 500 e 800 euros, em áreas mais centrais.
7. Quando a sua única alternativa é a vaga temporária
As vagas temporárias também foram alternativas. Elas geralmente são abertas só alguns dias por moradores que disponibilizam suas camas por um tempo curto, com um preço mais acessível. Geralmente são mais fáceis de fechar negócio até que se encontre a vaga permanente, e ajuda quando a opção definitiva demora mais a acontecer. Existem também algumas vagas temporárias que se resumem a um cantinho no sofá da casa de algum amigo, etc. Não é a situação ideal, mas na fase de transição entre as primeiras semanas de intercâmbio e a acomodação definitiva, você talvez tenha que enfrentar esse desafio.
8. Ficar atento para não cair em golpes
Por ouvir relatos sobre alguns golpes, como falsos landlords ou flatmates, que simplesmente somem ao fechar negócio, fui atrás de conhecer de fato com quem estava lidando. Adicionei no Facebook, dei uma “stalkeada” para ver se não era um perfil falso, além de conversar e me informar sobre a escola que a pessoa estuda e o seu trabalho. Ter um recibo do depósito e uma testemunha que prove que você pagou também é importante.
9. Espaço conquistado, agora o desafio é a convivência
Olhando assim, você pode imaginar que as primeiras semanas na Irlanda serão de pura tensão, com a saga da acomodação. Para falar a verdade, pode ser um pouco sim. Infelizmente, a demanda de vagas no país, dado a viabilidade do visto, tem acarretado na falta de espaço. Encontrar uma acomodação passou a ser, de fato, um desafio.
Porém, você não é o único nessa jornada e dificilmente conseguirá evitá-la. Após esse processo e ao conseguir a vaga fixa, a vida começa a caminhar com mais tranquilidade. Já estou me acostumando com o mercado mais próximo, o trajeto até a escola ou trabalho, os pontos de ônibus e, o mais importante, a convivência entre quatro paredes.
Como dizem os irlandeses, o melhor modo de se viver é com a atitude “easy going”, ou seja, um bom camarada!
Não deixe de conferir, também, o e-book que o E-Dublin preparou sobre Acomodação, com informações detalhadas sobre a situação atual no país, opções de moradia, valores médios, diferenças entre as regiões da cidade e tudo que você precisa saber pra chegar aqui bem mais informado. Clique aqui para baixar gratuitamente!
Aluguel na Irlanda: Onde é mais barato ou mais caro?
Se tem algo capaz de tirar o sono dos estudantes na Irlanda — e também de muitos irlandeses — é encontrar um imóvel para alugar a preços minimamente acessíveis. Esse tema já foi debatido aqui no E-Dublin muitas vezes nos últimos anos e, de lá pra cá, praticamente nada mudou.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Daft.ie, por exemplo, no último ano houve um aumento de, aproximadamente, 10% no valor dos aluguéis. Com isso, o valor médio nacional do aluguel de um imóvel ultrapassa os 1000 euros mensais.
Entre as causas desses valores elevados, está a lei da oferta e da procura. Ou seja, o número de imóveis disponíveis para venda ou locação no país é um dos mais baixos da história.
Consequentemente, os preços vão parar nas alturas, ainda mais com a falta de regulação no setor, o que deixa uma brecha para os landlords reajustarem os aluguéis simplesmente da forma como bem entenderem.
Um item preocupante apontado pela pesquisa é que o aumento dos aluguéis vem seguindo um índice inflacionário de 10%. Em contrapartida, num aspecto geral, a economia irlandesa está com uma inflação beirando 0%.
Isso indica que, se as coisas continuarem como estão, teremos que destinar uma fatia ainda maior dos nossos salários ao aluguel.
Caro x Barato
Não é surpresa para ninguém que Dublin tem os aluguéis mais caros da Irlanda, certo? Pois bem, a pesquisa aponta que quem quiser alugar uma casa ou apartamento completo na região central da cidade, sem dividir imóvel com mais ninguém, precisará desembolsar sozinho, em média, 1923 euros.
O valor cai um pouco na zona norte da cidade, onde a média de custo mensal é cerca de 1761 euros. Entretanto, morar na zona sul de Dublin é ainda mais caro, com preços que podem, até, ultrapassar 2000 euros por mês.
Claro, isso considerando o aluguel completo de uma casa ou apartamento.
Onde alugar?
Para fugir dos preços altos, recomenda-se evitar a região central de Dublin e buscar os bairros mais periféricos da cidade. O Daft pode ser uma boa opção para se ter uma ideia das médias de valores.
Uma alternativa é se mudar para o interior. Leitrim, por exemplo, é o condado mais barato para se alugar uma residência no país. Por lá, as despesas com aluguel de um imóvel vão consumir, em média, 545 euros do seu salário.
Outra opção é Donegal, onde o custo médio com aluguel fica em 594 euros. Em seguida, vêm os condados de Roscommon e Longford, com valores em torno de 626 e 628 euros, respectivamente.
Moradores de outras grandes cidades irlandesas também têm visto suas despesas com aluguel subirem consideravelmente. Em Limerick, por exemplo, houve um reajuste de mais de 17% no último ano, elevando o valor mensal do aluguel de um imóvel para cerca de 800 euros mensais.
O mesmo aconteceu com Galway, onde alugar uma casa custa, em média, 900 euros. Entretanto, Cork é a cidade com um dos mais baixos reajustes no país, em torno de 8%. Ainda é mais barato que Dublin, mas seus moradores devem reservar pouco mais de 1000 euros mensais para moradia.
Tem solução?
A questão tem sido considerada uma emergência nacional pelo ministro Simon Coveney, responsável pelo setor. Ele afirmou recentemente que as medidas tomadas pelo governo anterior foram ineficientes e que algo deverá ser feito. Entretanto, destacou que os resultados não serão imediatos.
Como procurar moradia?
Dividir uma casa ou apartamento continua a solução mais em conta para os intercambistas.
A região central da cidade é a mais concorrida. Então, se você ainda não arrumou um emprego para ajudar nas despesas ou pretende economizar um pouco mais, considerar os bairros mais afastados vai ajudar.
Além do Daft, diversas vagas são publicadas diariamente nos grupos do Facebook sobre intercâmbio na Irlanda. Só não se esqueça de conhecer bem as regras da casa, se está tudo regularizado com o landlord e de ir pessoalmente conhecer o local antes de fazer qualquer depósito ou pagamento adiantado.
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Por que apostar no interior da Irlanda para o seu intercâmbio?
Outro fator importante é que outras regiões da Irlanda, que também têm ganho em opções turísticas e atrações variadas como gastronomia, hospedagem, entretenimento, entre outros, também estão de olho no movimento do mercado de educação internacional e passaram a oferecer mais soluções a quem planeja sua experiência multicultural.
E por falar em cidades pequenas, nelas todos parecem se conhecer certo? Aproveite a vizinhança amigável e o estilo de vida mais tranquilo, pode sobrar mais tempo para praticar o inglês com os leprechauns – já que eles adoram um bom papo.
Outro fator importante é que outras regiões da Irlanda, que também têm ganho em opções turísticas e atrações variadas como gastronomia, hospedagem, entretenimento, entre outros, também estão de olho no movimento do mercado de educação internacional e passaram a oferecer mais soluções a quem planeja sua experiência multicultural.
E por falar em cidades pequenas, nelas todos parecem se conhecer certo? Aproveite a vizinhança amigável e o estilo de vida mais tranquilo, pode sobrar mais tempo para praticar o inglês com os leprechauns – já que eles adoram um bom papo.
As escolas no interior
Procurar uma escola no interior não é muito diferente do que em Dublin. Além das questões financeiras, visto, acomodação e transporte (que pesam no quesito ‘grana’), é preciso levar em consideração as certificações, como as listas da ACELS e QQI e escolas regulamentas na ILEP (Interim List of Eligible Programmes), que podem aplicar para o visto de estudante.
Esses cuidados com a certificações são super importantes, pois estão diretamente ligados ao visto e, também, demonstram seu ‘compromisso’ com a aprendizagem, ou seja, tanto você não corre o risco de se matricular numa escola que te deixará na mão e, de outro lado, atestam suas boas intenções e o respeito quanto à legislação do assunto.
Assim como a busca pelas cidades no interior aumentou, o número de escolas que oferecem o ensino, também. De qualquer forma, os valores ainda são mais atrativos do que na capital. Enquanto uma escola em Dublin cobra a partir de € 2,700 por um curso de 25 semanas inglês geral, 15 horas por semana, aulas no período da tarde, o mesmo no interior, numa cidade como Cork tem preços a partir de € 2,010.
Custo de vida no Interior da Irlanda é bem menor
O custo de vida no interior realmente é uma das principais vantagens para aqueles que optam por essas regiões já que é bem mais baixo que na capital.
Aluguel
Segundo o Numbeo, enquanto um apartamento de um quarto em Dublin custa a partir de €1,000 (se você procurar bastante e em regiões mais distantes), em Cork o mesmo está por volta de 860 euros – claro que tudo vai depender do estilo (qualidade, localização entre outras características da acomodação), segundo o Daft.ie.
Já para aqueles que topam dividir um apartamento, os custos também caem consideravelmente. Dividir um apartamento em Dublin pode chegar, em média, a €400. Já em Cork o valor gira em torno de €300, segundo o site.
Porém, um quarto (ou até cama) em residência estudantil em Limerick, por exemplo, pode custar, em média €90 por semana. Lembrando que as residências estudantis têm regras e, normalmente, abrigam diversas pessoas.
Alimentação
Comer na Irlanda, em geral, é barato. As compras da semana, considerando os itens bem básicos para o período de sete dias como pão de forma, macarrão, arroz, molho de tomate, frango, açúcar, café, leite, alguns itens de limpeza, entre outros, podem custar cerca de €30, enquanto no Brasil, o mesmo pode chegar a R$ 80. Se levado em conta o valor do salário mínimo, veremos que, proporcionalmente, os valores pagos na Irlanda são mais baratos.
Com relação à compra dos insumos para o preparo da sua refeição (sempre mais econômico), os valores de capital e interior da Irlanda não são muito diferentes, já que as redes de grandes supermercados também estão em outras cidades. De outro lado, ‘comer fora’ pode aumentar as despesas. Um prato simples, num restaurante barato, do tipo ‘PF’, custa cerca de €15, contra R$ 30 no Brasil. Novamente, se compararmos ao salário mínimo, o valor na Irlanda é mais baixo.
Esses exemplos, quando somados a outros gastos com transporte, água, luz etc, representam uma diferença entre capital e interior da Irlanda que podem ultrapassar, facilmente, os 30%.
Transporte Público
O transporte público é o mais utilizados pelos irlandeses. Logo, não seria diferente, sobretudo, para o intercambista brasileiro.
Enquanto os dubliners têm uma oferta de transporte variada tanto em número de rotas, opções (ônibus diversos, os LUAS ou os Dart – trens urbanos) e com valores para todos os bolsos, no interior o fácil acesso (com linhas mais limitadas) perde para as curtas distâncias, já que tudo fica um pouco mais perto. Em contrapartida, por toda a Ilha Esmeralda é possível o acesso e uso do Leap Card, que dá descontos não só no transporte público, mas também em outras atrações.
Para se ter uma ideia, em termos de valores, uma passagem regular na capital irlandesa custa €1.50 com o cartão de desconto e €2.10 in cash. Já em Limerick, por exemplo, o valor do bilhete unitário é € 1,90 (sem o desconto). Ou seja, é mais barato no interior!
O transporte público funciona muito bem em toda a Irlanda – horários regulares, carros conservados e vias idem e ainda por cima têm wi-fi na maioria das cidades!
Pontos positivos da vida no interior
De qualquer forma, mesmo perdendo para a capital em alguns aspectos como o número de serviços e produtos em geral,como supermercados, lojas, cinemas, baladas, restaurante e, claro, os famosos pubs.
O transporte pode se tornar um atrativo a mais, já que as distâncias serão mais curtas – aproveite para pedalar, por exemplo. Assim, como a segurança é outro quesito que favorece a ida ao interior, onde pouco se ouve sobre as histórias de knackers ou as bicicletas desaparecidas – aproveite para pedalar, MESMO!
Por outro lado, se você pensa em morar na Europa para estudar o inglês e, de quebra, aproveitar as famosas tarifas low cost das companhias aéreas, lembre-se que somente Dublin, Cork e Limerick possuem aeroportos com voos internacionais. Portanto, calcule bem a logística para suas boas intenções.
Imersão Cultural
Além disso, se você pretende ‘fugir’ dos brasileiros e fazer um mergulho ainda mais intenso em sua experiência intercultural, o interior pode ser o seu lugar já que, com o número menor de instituições de ensino, o mesmo acontece com o número de conterrâneos, que chega a representar menos de 20% entre os estudantes estrangeiros nas pequenas cidades.
Galway, por exemplo, atualmente é terceira cidade mais procurada por brasileiros (ficando atrás de Dublin e Cork). No entanto, a população estudantil de brasucas é estimada em cerca de 20% – o que, naturalmente, te induz a um maior contato com os irlandeses, como no caso da brasileira Karina, que saiu do Maranhão direto para Galway para 3 semanas de intercâmbio, conforme nossa websérie.
Vida pacata? Quem disse?
É bem verdade que optar por uma cidade interiorana pode ser significar entediamento – e até pode acontecer! No entanto, levando-se em consideração que você estará imerso em uma nova cultura, dificilmente essa premissa será confirmada. Cork, por exemplo, está longe de ser tranquilinha. Sem falar que por sediar um dos aeroportos do país, a cidade funciona muito bem para quem quer mochilar durante o intercâmbio.
Galway, é outro exemplo. Pequena sim, mas pacata jamais. Por abrigar uma das principais universidade do país, a capital do condado de mesmo nome, ferve uma atmosfera universitária, além de ser estar em um condado que prima pela tradição irlandesa, principalmente na música.
Porém, é importante lembrar que comparando-se com a capital Dublin, as cidades do interior sempre terão menos variedade. Assim como acontece no Brasil, por exemplo, os shows e festivais mais importantes acabam concentrando-se nas cidades principais. Algumas cidades irlandesas, como Ennis, por exemplo, não possuem sistema de transporte público eficiente. O que pode limitar a sua mobilidade.
Por essa e outras questões é importante considerar seus interesses culturais, assim como levar em consideração todo pormenor que pode se tornar um problema no futuro. Se você é amante da noite, das boates e de grandes espetáculos musicais, certamente estará muito mais limitado no interior.
Qual a melhor cidade do interior para estudar na Irlanda?
Cork City
Há pouco mais de 250 km ao sudoeste de Dublin, às margens do rio Lee, está Cork, a segunda maior cidade da Irlanda e a terceira mais populosa – e também o segundo destino mais procurado pelos intercambistas e a preferência dos chineses. E não é para menos, Cork tem uma vibe universitária pulsante, já que a região abriga diversas delas, com a University College Cork, entre as 700 melhores do mundo, segundo o QS World University 2018.
Trabalhar em multinacionais em Cork
Com o crescente polo estudantil, entenda-se mão de obra, além do fácil acesso às estradas, excelentes condições de transporte urbano, aéreo e ferroviário, aeroporto internacional (se joga nas low cost!) e um importante porto, Cork chama a atenção de importantes multinacionais como Pfizer, GlaxoSmithKline, Novartis, Apple, Facebook, Dell, entre outras – o que estimula aqueles que estão em busca de aliar ensino com uma possibilidade de emprego, já que o mercado para falantes de português está em alta.
Entretanto, em geral, os postos de trabalho são os mesmos que os encontrados em Dublin, como restaurantes, cleaners, au-pair ou em pubs. Sendo assim, aproveite o networking fervoroso entre os estudantes e busque uma vaga. Mesmo que part time, é possível fazer uma grana e ainda treinar o idioma.
Para os profissionais, o mercado também está em expansão, sobretudo para quem tem o idioma fluente e os vistos como work permit, Stamp 2 (limitação de trabalho de 20h semanais), entre outros. Somente em 2017, foram cerca de 100 mil novos postos de trabalho em áreas como a farmacêutica, biotecnologia, tecnologia, finanças, contabilidade, construção, logística e engenharia estão em alta em Cork, se esse é o seu caso, considere esse destino.
Vida cultural em Cork
Circular por Cork é tranquilo. Aliás, além de fácil acesso, o que deixa a mobilidade mais disponível para desfrutar a cidade, o transporte por lá pode chegar a ser 18% mais barato se comparado a Dublin. Considere, também aderir ao Leap Card, deixando a tarifa ainda mais em conta.
Quanto à infraestrutura, Cork não deixa nada a desejar quanto à lojas, restaurantes, cafés e diversão e possui uma vida noturna bem movimentada e variada, com opções para diferentes estilos. Se você é daqueles que adora explorar cada canto da cidade, aproveite para conhecer pontos como o Cork Butter Museum, que conta a história da manteiga, um grande produto de exportação da Irlanda, a St. Ann’s Church, igreja de 1722, e o International Museum of Wine, sem contar os arredores, repletos de cidades históricas e seus monumentos.
Galway, a cidade universitária e dos festivais
Se você é aficionado por festivais, Galway pode ser sua escolha. Conhecida como a capital da cultura irlandesa por abrigar diversos festivais do tema ao longo do ano, a pequena Galway (sim, aquela da música da Ed Sheeran), a pouco mais de 200 km de Dublin, a oeste da Ilha, é aconchegante e boêmia e carrega em si um ambiente super-amigável, cuja receptividade atrai cada vez mais estudantes de diferentes nacionalidades.
Também chamada como “The City of the Tribes” (a cidade das tribos), graças às 14 tribos que dominavam a cidade na idade média, é a quinta maior cidade da Irlanda com cerca de 80 mil habitantes, sendo considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida daquele país, segundo o TelePort, que pontua e monitora a qualidade de vida das cidades mundo afora.
Outro atrativo da cidade é o grande número de festivais, como o Festival de Ostras e Frutos do Mar, Festival Gastronômico, ou o Festival Internacional de Artes – que acontecem em diferentes épocas do ano e atraem turistas locais e estrangeiros, o que também favorece as oportunidades de trabalho no setor de hospitality (que inclui hospedagem, bares e restaurantes).
Diante destas programações, a cidade ganha destaque frequentemente e, assim, foi eleita a “European Capital of Culture” de 2020 – iniciativa da União Europeia com o intuito de promover uma cidade do continente, pelo período de um ano, a fim de promovê-la turisticamente .
Os números positivos vão muito além: apresenta altas classificações em liberdade comercial, saúde e qualidade ambiental. A expectativa de vida dos irlandeses que lá vivem chega a 81 anos. Em termos de segurança, entre os dados apurados, Galway apresenta uma morte por assassinato com arma de fogo a cada 645 dias!
Se animou com os dados? Porém, se o clima é importante para você, reconsidere: a região apresenta apenas 71 dias de sol no ano todo (brrrrr!), sendo que durante o inverno, as temperaturas médias variam entre 4°C e 7°C. No verão, a média fica entre 15ºC e 20ºC.
O custo de vida também deve ser considerado um atrativo, pois ainda é possível encontrar um quarto single por 300 euros mensais (sem os custos com água, luz, internet e gás). Em termos de transporte, pode variar de acordo com a localização da sua moradia X escola X trabalho, uma vez que se estiverem próximas, essas distâncias tornam seu custo menor. Além disso, sempre existe o Leap Card. Assim, somando, estima-se, que um intercambista com Stamp2 , cuja renda varia entre 550 e 600 euros por mês, consegue viver em Galway uma vida sem muitos luxos.
Oportunidades profussionais em Galway
Assim como em boa parte da Irlanda, o setor de tecnologia também é aquecido no interior uma vez que importantes Institutos de Tecnologia, ou os FETAC, estão localizados na região. Assim como o Galway-Mayo Institute of Technology, que oferece cursos de meio período ou integrais em áreas como: Engenharia, Ciências e Tecnologia, Artes, dentre outras. Para saber o calendário de inscrições, acesse o site.Essa possibilidade aquece não só o mercado de trabalho e oferece, também, diferentes opções de estudo, conciliando um ensino técnico com o idioma.
Beleza natural
A charmosa cidade ainda oferece inúmeros café, restaurantes e pubs pelas suas ruas medievais, além de cenários de perder o fôlego como a região do parque nacional do Connemara, o Cliffs of Moher, ou a exuberante costa do Oceano Atlântico, que favorece a prática de esportes aquáticos, como remo, caiaque, canoagem e windsurfe.
Limerick City
Já se você busca por tradição, há pouco mais de 200 km de Dublin, na região centro-oeste da ilha e às margens do rio Shannon fica a pitoresca Limerick, a 3ª maior cidade da Irlanda e a 4ª mais populosa, com mais de 90 mil habitantes. De aspecto bem interiorano e cheia de tradicionalismos, Limerick tem um quê de cidade grande, é bem movimentada e repleta de lojas, restaurantes, hotéis e uma vida noturna bem agitada para o interior – embora, ainda seja mais tranquila que a capital, claro!
A small town é uma das mais expressivas em crescimento no país. Segundo o portal oficial da cidade, estima-se que até 2040 terá mais de 141 mil habitantes. Contabiliza, desde 2013, o recebimento de mais de 12 mil novos postos de trabalho e a taxa de desemprego apresenta constante queda, com 5,2% de desempregados, contra a taxa média na Europa de 8,4%, de acordo com o Eurostat.
Assim, Limerick torna-se um destino atraente para o intercâmbio, com inúmeros incentivos em diversos setores, tais como educação, tecnologia e inovação já que atualmente recebe turistas e expatriados de mais de 150 nacionalidades diferentes.
Limerick não é uma opção somente para aqueles que querem favorecer o idioma, uma vez que a cidade possui uma importante universidade, a Universidade de Limerick, que está entre as cinco melhores do país em qualidade de ensino e oferece programas de intercâmbio, de cursos de verão e de pós-graduação. A cidade ainda possui um importante Instituto de Tecnologia (LIT), que possui programas variados, inclusive para estudantes internacionais em áreas como Business e Administração de Empresas, Artes e Ciências, Engenharia, entre outros.
Custo de vida em Limerick
A cidade de Limerick também é um importante polo industrial, com grande presença de indústrias do setor farmacêutico, saúde, higiene, pesquisa, entre outras – bom para quem tem experiência ou atuação na área de engenharia, química, ou biotecnologia, por exemplo.
Especificamente sobre o aluguel, enquanto um apartamento de 2 quartos em Dublin chega a €1.500, em média, segundo o www.daft.ie, em Limerick esse valor equivale a uma casa com 6 quartos!
O custo de vida, incluindo moradia (água, luz, outros insumos), alimentação e entretenimento, chega a ser 30% inferior que em Dublin. O transporte, porém, é um pouco precário quando comparado à capital irlandesa. O preço da passagem está a 1,80 euros, mas há menos linhas de ônibus, portanto a espera por eles pode ser maior. Não há LUAS (tram), tampouco os DART (trem) ou linhas 24 horas. De qualquer forma, vale considerar ter uma bike a postos, já que elas podem ser um ótimo meio de locomoção para descobrir a cidade, que apresenta distâncias mais curtas.
Aproveite Limerick
A ‘divisão’ da cidade é interessante. Com o curso do Rio Shannon, a cidade parece ser dividida ao meio: ao sul, a ‘English Town’ e de outro, a ‘Irish Town’, conhecida por abrigar as construções mais históricas da cidade e também a mais moderna, ou seja, o atual centro econômico de Limerick.
Para quem quer desbravar a região, vale visitar o King John’s Castle, a atração mais famosa da cidade remete ao século 13, a St. Mary’s Cathedral (um dos prédios mais antigos da cidade e que ainda está em uso), ou o curioso Milk Market com deliciosos cafés e os produtos frescos com origem nos arredores da cidade, entre outros.A localização central da cidade na Ilha Esmeralda chega a ser estratégica para os intercambistas que adoram viajar, já que poderão se locomover para diferentes pontos turísticos do país. E se o seu negócio é se aventurar pela Europa, o aeroporto de Shannon é o segundo mais importante do país e recebe voos internacionais das principais cias aéreas da Europa – as low cost também!
Enquanto os números e outras informações seguem um clima mais quente, Limerick recebe o título de ‘mais cinzenta da Irlanda’, com apenas, 3,5 horas de sol por dia, em média. No entanto, curiosamente, fica apenas 59 dias sem a presença do sol – o que poderia ser bem pior, ainda mais em se falando dos dias cinzas na maioria das cidades pela Irlanda, né?! As temperaturas médias no verão são 18° C, enquanto no inverno, a média fica em 3° C. Portanto, prepare-se. As temperaturas não são as mais agradáveis para quem ‘precisa’ de sol. Porém, esse ‘detalhe’ da Ilha Esmeralda é uma das características mais conhecidas do país e não vai ser por isso que você vai desistir da sua viagem, certo?!
Bundoran, Donegal - Para os amantes do surf
Se você procura uma opção de baixo custo e encontrar pouquíssimos brasileiros o condado de Donegal, ao norte da Irlanda, pode ser o seu destino. Reconhecido como o ‘The Coolest Place in the Planet in 2017’ pela National Geographic, a montanhosa região, cuja capital é Bundoran, tem um toque extra de encanto em suas ruas medievais e uma população conhecida pela hospitalidade e educação, além de ser um polo cultural com muitas atrações musicais e de literatura durante todo o ano.
Há pouco mais de 200 km de Dublin, a região oferece boas escolas e, assim, uma experiência diferenciada de intercâmbio numa típica cidade irlandesa onde conhecer boa parte da vizinhança será mera questão de tempo.
Quanto custa viver em Donegal?
Quanto aos gastos, para se ter uma ideia, um apartamento por lá custa, em média € 570, enquanto em Dublin um pequeno apartamento de 1 quarto fica a partir de pouco mais de mil euros. O transporte público, embora em menor número de linhas, fica facilitado pelas curtas distâncias – que poderão, facilmente, ser percorridas a pé ou de bicicleta.
E embora a inflação tenha subido um pouco, conforme as últimas estatísticas na Irlanda, o custo de vida em geral em Donegal, fica cerca de 40% abaixo de Dublin, conforme o Numbeo.
Diversão também é um dos destaques da região, sobretudo para os adeptos dos esportes aquáticos, como o surfe, já que Donegal é conhecida pelas altas ondas. Assim, no geral, os esportes ao ar livre como caiaque, trilhas e escaladas atraem bastante esportistas de todo o país. Ainda sobre as práticas aquáticas, o Waterworld Parque Aquático merece a visita, graças às piscinas aquecidas, que tornam o ambiente pra lá de atraente quanto o assunto é relaxar e fugir do frio.
Já durante o inverno, aproveite para visitar, gratuitamente, o Parque Nacional Glenveagh, o segundo maior da Irlanda, com mais de 170 quilômetros quadrados com atrações como o Castelo Glenveagh, construído entre 1867 e 1873, e aberto à visitação pública (ingressos custam 5 euros para adultos e estudantes com carteirinha pagam 2 euros).
Trabalho em Donegal
Por ser uma estância turística e receber visitantes quase o ano todo, principalmente durante a temporada de verão, de junho a setembro, Bundoran oferece diversas possibilidades de trabalho no ramo de hotelaria e gastronomia, o que torna a tarefa de encontrar um emprego um pouco mais fácil. Assim, invista no networking e considere uma experiência inesquecível na pacata e interiorana cidade ao norte da Irlanda.
Com um inverno rigoroso, a cidade perde boa parte da agitação, o que diminui a oferta de emprego no setor – que domina o trabalho na região. Assim, se sua hospedagem se estender durante esse período, cogite outras opções como cleaner, por exemplo, já que Bundoran não possui um centro industrial ou forte investimento em outro setor.
Será que o interior é para você?
Embora o custo de vida seja um atributo forte para quem está se decidindo pelo intercâmbio no interior ou na capital, podemos concluir que você não deve ir para o interior se:
- Efervescência cultural, comercial e opções gastronômicas: não adianta mentir, toda capital oferece uma gama incrível de entretenimento ou variedade de comércio, quase no esquema 24/7, ou seja, 24 horas por dia, sete dias na semana. E se você é daqueles que não abre mão de estar antenado e não curte um estilo mais light, a vida no interior não é para você;
- Transporte: além do transporte urbano, opções entre-cidades ou até mesmo via ferroviária ou aeroviária serão mais escassas;
- Rede de atendimento médico e odontológico mais escassa, assim como demais serviços (eletricistas, por exemplo),
- O trabalho em regiões do interior pode ser um limitador, uma vez que o número de vagas é menor e a concorrência com os residentes e nativos aumenta.
Para os residentes, ou portadores de, por exemplo, as condições se ampliam, uma vez que a parte burocrática será mais facilitada. Assim como aumenta ainda mais a oferta de emprego, já que terá mais tempo de trabalho permitido e autorização para candidatar-se a mais postos de trabalho.
Quanto custa um intercâmbio?
Não vendemos pacotes e nem somos agência,
mas podemos te colocar em contato com elas.
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