Tribunal da Espanha desafia Ryanair e pode ser precedente para o fim da cobrança por bagagem de mão na Europa

Tribunal da Espanha desafia Ryanair e pode ser precedente para o fim da cobrança por bagagem de mão na Europa

edublin Press

1 dia atrás

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Uma decisão tomada por um tribunal em Salamanca, na Espanha, pode desencadear uma mudança significativa nas políticas de cobrança por bagagem de mão em voos na Europa, informou o jornal britânico The Telegraph.

A companhia aérea Ryanair foi condenada a pagar €147 (cerca de R$ 850) a um passageiro que foi cobrado por embarcar com uma mala de mão em cinco voos entre 2019 e 2024.

A multa aplicada pode parecer pequena frente ao faturamento da Ryanair, mas a decisão tem potencial para afetar a indústria como um todo, principalmente na UE e Reino Unido, ao abrir caminho para novas ações judiciais contra companhias de baixo custo.

Cias aéreas de baixo custo cobram a mais por bagagem de mão que ultrapassa limite de tamanho. Foto: Envato

Segundo as regras da Ryanair, a mala em questão excedia o tamanho permitido para bagagem de mão gratuita, apesar de ainda ser adequada para transporte dentro da cabine. No entanto, o juiz considerou que a bagagem de mão é um item essencial e indispensável ao transporte aéreo e, com base nisso, determinou o reembolso com juros.

A decisão se apoia em jurisprudência da União Europeia de 2014, que afirma que a bagagem de mão, em princípio, não deve estar sujeita a cobrança adicional. Também fundamenta-se no artigo 97 da Lei de Navegação Aérea da Espanha, que obriga as companhias aéreas a transportar gratuitamente os pertences de mão dos passageiros.

Apesar disso, empresas aéreas e a Associação de Companhias Aéreas da Espanha defendem que as cobranças são legais sob a legislação europeia.

Conflito entre autoridades espanholas e aéreas de baixo custo

Essa decisão é mais um capítulo da crescente tensão entre autoridades espanholas e companhias de baixo custo. Em outubro de 2024, o Ministério de Assuntos do Consumidor da Espanha multou cinco dessas empresas em um total de €179 milhões por taxas ocultas — sendo €108 milhões apenas para a Ryanair. EasyJet, Vueling, Volotea e Norwegian também foram penalizadas.

A ação em Salamanca teve apoio da organização de defesa do consumidor Facua, que já obteve vitórias semelhantes contra Ryanair e Vueling.

Em outro caso recente, em San Sebastián, a Vueling foi obrigada a reembolsar €11 a um passageiro pelas mesmas razões.

Taxas extras como modelo de negócios

Decisão judicial na Espanha pode abrir caminho para jurisdição em outras partes da Europa. Foto: Envato

Nos últimos anos, companhias aéreas de baixo custo têm aumentado significativamente as chamadas “taxas por gotejamento”. Em 2023, a Ryanair faturou €4,2 bilhões com vendas adicionais como bagagens, escolha de assentos e embarque prioritário.

Segundo especialistas, porém, a possibilidade de um possível fim de cobranças por bagagem de mão pode levar ao aumento das tarifas básicas.

A Ryanair, por sua vez, se mantém firme. Em nota, a companhia afirmou: “Permitimos que cada passageiro leve uma bolsa pessoal (40 x 25 x 20 cm) gratuitamente, com opção de adicionar malas por uma taxa. Essa política equilibra tarifas baixas e liberdade de escolha do consumidor, sendo compatível com a legislação da UE, como reconhecido por diversos tribunais espanhóis.”

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edublin Press, Este artigo é de autoria da assessoria de imprensa do edublin. Ele foi elaborado com o objetivo de agregar conteúdos relevantes e curiosidades sobre a Irlanda e viagens ao nosso site. Para mais informações, escreva para [email protected]

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