Voluntariado pelo mundo
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Doar um pouco do seu tempo, com o objetivo de ajudar ao próximo.
Além de ser um lindo gesto de solidariedade, o voluntariado pode ser um bom caminho para estudantes treinarem o inglês sem gastar nenhum centavo, já que há programas que selecionam pessoas de diferentes lugares do mundo, arcando com despesas como alimentação e hospedagem.
Na Irlanda, o Simons Community é uma das organizações que oferecem essa oportunidade para quem pretende investir em uma experiência longe de casa e expandir suas amizades enquanto se presta um serviço útil à comunidade local.
Simon Community
Os voluntários são a base do trabalho da Simon Community, em Dublin. Eles atuam ao lado de profissionais de diferentes áreas para prestar serviços vitais para os desabrigados da cidade. Há mais de 40 anos, o projeto oferece ajuda para os mais diversos problemas de quem não tem um abrigo. Além da alimentação, são oferecidos empregos aos desabrigados ou em risco de pobreza, e também alojamento de emergência para o tratamento dos dependentes químicos.
O acolhimento dos moradores de rua, conhecido como Rough Sleeper Team, atua 365 dias por ano com o único intuito de tentar retirar os desabrigados desta situação e encaminhá-los para uma vida independente. O trabalho assistencial conta, ainda, com uma unidade móvel de saúde para atendimento aos familiares.
Ao passar por um morador nestas condições, a orientação é que não tente ajudá-lo sozinho. Deve-se procurar por uma equipe de voluntários, já que eles estão preparados para lidar com os mais diferentes casos. Mais informações sobre o Rough Sleeper Team podem ser obtidas pelo telefone (01) 872 0185.
Seleção de novos voluntários
A seleção de voluntários é feita ao longo de todo o ano, numa base trimestral. Há opções de voluntariado part-time e full-time, além de outros tipos de programas assistenciais.
No caso de quem optar por um programa integral, por exemplo, os voluntários recebem alimentação, alojamento (quando disponível) e mesada semanal. No total, são 35 horas por semana durante pelo menos nove meses ao ano.
O objetivo da Simon é encorajar a diversidade, por isso, são recrutados voluntários de todos os cantos do mundo. Todos os candidatos devem ser maiores de 18 anos. É dada prioridade a quem tenha qualificação no campo da assistência social ou área relacionada, que tenha experiência anterior em voluntariado ou experiência profissional relevante.
No entanto, não se enquadrar em nenhuma destas categorias não é um fator eliminatório, porque a comunidade sempre está interessada em conhecer novas pessoas. Informações sobre o trabalho podem ser obtidas pelo telefone (01) 889 5800 ou pelo e-mail [email protected].
Minha experiência como voluntário
Há três anos morando na Irlanda, o administrador de empresas Walter Henrique Junior, de 38 anos, conta que já fazia trabalho voluntário no Brasil e, quando chegou à Ilha Esmeralda, descobriu a Age in Action, uma ONG que trabalha com idosos acima de 55 anos.
Dentre os cursos oferecidos a esta parte da população, estão aulas de informática para irlandeses que querem aprender a usar um computador. “Eu me inscrevi, fiz um treinamento básico e virei tutor, uma espécie de professor, só que para poucos alunos. Quis retribuir tudo que o país me deu”, explica.
Henrique Junior aponta que uma das coisas mais importantes deste trabalho é o fato de que ele dá a oportunidade aos voluntários de praticar com mais facilidade o idioma, já que estarão a todo momento conversando.
No entanto, ele confessa que, no início, não foi fácil entender o sotaque dos irlandeses mais idosos, mas que a experiência tem sido gratificante. Outro ponto importante são os laços de amizade que se estreitam.
Fazer trabalho voluntário é uma excelente oportunidade de expandir suas amizades enquanto se presta um serviço útil à comunidade local. “Uma das idosas de 60 anos disse que esteve no Brasil quando tinha 20 anos e me mostrou suas fotos no Rio de Janeiro na década de 70”.
Programas pelo mundo
Existem muitas organizações pelo mundo que necessitam de voluntários. Em troca, elas oferecem acomodação e alimentação. Uma das opções de trabalho é no campo, ajudando em fazendas orgânicas.
Outra opção é atuando em obras de caráter social ou dando aulas para alunos carentes. A única coisa paga nesses sites geralmente é só a assinatura – alguns deles pedem uma taxa para ajudar na causa. Alguns exemplos:
Um dos métodos mais famosos nos últimos tempos, o Wwoof, oferece trabalho em fazendas orgânicas, em sua maioria de baixa infraestrutura. Essa enorme rede voluntária abrange boa parte do mundo, pedindo uma carga horária de trabalho entre quatro e seis horas diárias, em troca de comida e acomodação durante todo o tempo.
Com o Helpx, a carga horária é entre quatro e seis horas diárias de trabalho, não só em fazendas, mas também em hotéis, vilas, ranchos e hostels. Ao fazer a assinatura, válida por dois anos, você tem acesso aos hóspedes do mundo todo, podendo facilmente encontrar as atividade que você mais se identifica.
No Workaway, os trabalhos são bem diversos e todos funcionam na base da troca, em qualquer lugar do mundo. O site tem bons filtros, com a opção de escolher o tipo de trabalho, o país, e buscar por palavras-chave.
Revisado por Tarcísio Junior
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